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Visto a Battisti abre portas do Brasil para criminosos, diz líder do PPS
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DE SÃO PAULO
O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PPS), afirmou nesta quarta-feira que a concessão de visto para a permanência do italiano Cesare Battaisti no Brasil abre as postas do país para criminosos de todo o mundo.
"O Brasil virou refúgio para criminosos de todo o mundo", disse ele.
Na avaliação do deputado, Battisti é um criminoso comum que cometeu assassinatos e atos de terrorismo na Itália em pleno regime democrático. "O Brasil vem cometendo uma série de erros gravíssimos nesse caso. Primeiro o ex-presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva] negou a extradição de Battisti e depois o STF descumpriu acordos internacionais ao referendar a decisão do Executivo."
Para o líder do PPS, a proteção a Battisti abre um grave precedente. "Corremos o risco de virar importadores de bandido. Até porque estamos tratando os nossos criminosos, que estão presos, de maneira diferente dos condenados por outros países que buscam o Brasil para se esconder."
Bueno ainda cutucou o ex-ministro da Justiça e atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). "Quem sabe agora, com a concessão do visto, Tarso Genro contrate Cesare Battisti para comandar algum órgão de segurança do Rio Grande do Sul."
VOTAÇÃO
Por 14 votos a favor, dois contra e uma abstenção, o CNIg (Conselho Nacional de Imigração) concedeu hoje o visto de permanência para Battisti.
O conselho, que faz parte do Ministério do Trabalho, é formado por nove representantes dos ministérios, cinco de sindicatos dos trabalhadores e cinco de entidades patronais. O órgão ainda é composto por oito observadores de entidades como OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a Organização Internacional para as Migrações.
Três conselheiros não estavam presentes na reunião de hoje. Segundo o conselho, o resultado da votação será encaminhado para o Ministério da Justiça, que vai executar a concessão da permanência.
O pedido de Battisti ao CNIg foi feito no dia 9 de junho, um dia depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir soltar o italiano. Desde então, o único documento nas mãos de Battisti era o alvará de soltura.
Em fevereiro deste ano, a 2ª Turma Especializada do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região (RJ e ES) manteve a condenação de Battisti por uso de passaporte falso. O documento foi encontrado com ele durante sua prisão em 2007.
No dia 8 de junho, o plenário do Supremo validou a decisão do ex-presidente Lula de negar a extradição do italiano.
Por 6 votos a 3, o tribunal determinou expedição de alvará de soltura e Battisti pode deixar o presídio da Papuda, em Brasília, onde ficou preso por quatro anos.
O governo italiano afirmou que vai levar o caso ao Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda.
Na semana passada, o ministro das relações exteriores da Itália, Franco Frattini, disse que até 25 de junho será apresentada a demanda ao comitê de conciliação com o Brasil.
Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando militava no grupo de extrema-esquerda PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Ele nega as acusações e afirma sofrer perseguição política.
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