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13/07/2011 - 22h20

Em coquetel, Dilma elogia parlamentares, mas não comenta crises

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MÁRCIO FALCÃO
MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

Sem comentar crises, a presidente Dilma Rousseff fez um afago ao Congresso na noite desta quarta-feira agradecendo e destacando a importância da parceria de deputados e senadores para medidas de ajuste fiscal.

A presidente ofereceu nesta noite um coquetel para líderes da base e integrantes do governo --18 ministros compareceram-- para comemorar o encerramento do semestre no Legislativo. Segundo a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), a presidente fez um discurso para demonstrar "apreço" à base aliada e agradeceu a aprovação da política de salário mínimo, que permitiu o ajuste fiscal.

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Na fala, Dilma ressaltou as dificuldades do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que tem enfrentado resistências na negociação para aprovar no Congresso o aumento do limite da dívida norte americana.

"Ela fez inclusive comparativos sob vários aspectos. Os EUA estavam numa expectativa de mais de 180 mil empregos, geraram menos de 20 mil. O Brasil continua tendo um número expressivo e crescente de empregos gerados. A nossa expectativa de inflação era no começo do ano extremamente diferente do que temos nesse momento e, apesar do descrédito, conseguimos fazer o ajuste fiscal, o corte no orçamento, a diminuição das despesas que eram necessárias para que nos pudéssemos enfrentar esse período".

A presidente ainda fez questão de ressaltar a importância de consolidar as alianças políticas. "Ela foi muito generosa", disse a vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES).

Dilma fez questão de citar o bolo entregue ontem pelo PMDB com a imagem dela e do vice, Michel Temer (PMDB), para celebrar a aliança dos partidos. "Foi gesto muito bacana da presidente, um aprendizado político, para se aproximar e reconhecer a importância da base", disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Ao longo dos últimos meses, a presidente foi alvo de críticas dos aliados por falta de diálogo. A situação mudou com a crise que derrubou o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil).

Dilma enfrentou problemas com a base na votação da reforma do Código Florestal e sofreu derrota na Câmara. O Planalto ainda teve outro desgaste com a pressão pela prorrogação do prazo para pagamento de emendas ao Orçamento feitas em 2009, os chamados "restos a pagar". E na última semana passou por nova crise nos Transportes, provocando insatisfação no PR, que controlava o setor, e em setores de outros partidos da base, como PMDB, PP e PSB.

Ideli disse que a crise nos Transportes não foi tratada no jantar. A ministra, no entanto, disse que a situação do diretor afastado do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, ainda não está definida.

"Nós não temos qualquer tipo de definição. Nem tratamos desse assunto. Para nos é importante que o Ministérios dos Transportes execute as obras importantíssimas que esse ministério tem responsabilidade de tocar. Infraestrutura no Brasil é fundamental para manter o crescimento, portanto o ministério é estratégico e tem que ser tocado com ética e eficiência".

 

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