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01/08/2011 - 21h07

Câmara de Campinas rejeita de novo afastamento do prefeito

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MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

A Câmara Municipal de Campinas rejeitou pela segunda vez, nesta segunda-feira, um pedido de afastamento do prefeito Hélio de Oliveira Santos, o dr. Hélio (PDT), enquanto durar a comissão que investiga o pedetista e que pode resultar em seu impeachment.

Dos 22 votos necessários para aprovar o afastamento, a oposição ao prefeito obteve 18. Os 15 vereadores da base mantiveram posição favorável à manutenção do prefeito no cargo até a conclusão do relatório.

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O afastamento do prefeito já havia sido rejeitado em junho, durante votação de proposta semelhante do vereador Valdir Terrazan (PSDB).

Alessandro Shinoda - 4.jan.2011/Folhapress
Dr. Hélio de Oliveira Santos, prefeito de Campinas, enfrenta processo de impeachment na Câmara dos Vereadores
Dr. Hélio de Oliveira Santos, prefeito de Campinas, enfrenta processo de impeachment na Câmara dos Vereadores

Para o autor da proposta rejeitada nesta segunda-feira, Petterson Prado (PPS), o processo de votação foi válido para desgaste do governo. "Se deixássemos para ser apenas uma votação na apresentação do relatório, o prefeito ia ganhar de lavada. Mas, com os pedidos de afastamento, os vereadores vão sentindo na pele a cobrança da população", disse Prado.

ACUSAÇÃO

O prefeito é acusado pelo vereador Arturo Orsi (PSDB), autor do pedido de cassação, de ter sido omisso e negligente ao nomear para secretarias e diretorias da administração direta e indireta pessoas atualmente acusadas de corrupção, formação e quadrilha e fraudes em licitações.

O Ministério Público denunciou 22 pessoas, entre empresários e agentes públicos, após investigação que teve início na Sanasa (empresa mista de saneamento da cidade) e chegou a nomes próximos ao prefeito, como sua mulher e ex-chefe de Gabinete, Rosely Nassim Santos, e o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT).

A defesa de dr. Hélio apresentou na tarde desta segunda-feira as alegações finais com argumentação contrária à cassação. Agora, a comissão formada pelos oposicionistas Rafa Zimbaldi (PP), Sebastião dos Santos (PMDB) e Zé do Gelo (PV) tem até 28 de agosto para apresentar o relatório final.

Caso a comissão entenda que há argumentos para o impeachment, serão necessários dois terços dos 33 votos para que dr. Hélio deixe o cargo. Seu advogado, Alberto Rollo, disse que o prefeito é inocente, não pode ser responsabilizado por eventuais atos irregulares praticados por seus auxiliares e não se omitiu.

"A denúncia que será julgada é peça de baixa política, oportunista, mal explicada (processualmente inepta), incapaz de detalhar atos ou omissões praticadas pelo acusado", escreveu o advogado, no texto apresentado hoje.

 

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