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11/08/2011 - 18h10

Sócios e até irmãos participavam de mesma concorrência em ONG

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MARIA CLARA CABRAL
DIMMI AMORA
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

Inquérito da Polícia Federal obtido pela Folha mostra que sócios e até irmãos participavam, como concorrentes, de licitações realizadas pela Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Infraestrutura Sustentável).

As empresas eram contratadas para a execução de metas previstas em convênios com o Ministério de Turismo. A prática, de acordo com constatação feita pela PF, é uma evidência de direcionamento nos contratos.

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Para a realização de um dos projetos da ONG, por exemplo, foram convidadas as empresas Manhattan Propaganda e a BPS Promoção e Publicidades. Com a proposta de R$ 1,2 milhão, a primeira empresa foi a vencedora. Ambas, porém, possuem o mesmo quadro societário e estão localizadas no mesmo endereço. O dono é diretor-financeiro do Ibrasi.

Em outro caso, outras três empresas participam de uma concorrência. O problema visto pelas investigações da PF é que os donos das empresas vencedoras em cada uma das disputas são irmãos. No total, 36 pessoas foram presas pela PF, sendo pelo menos 9 ligadas a empresas que participaram do esquema com o Ibrasi.

Outra evidência de direcionamento nas contratações apontada no inquérito é a coincidência entre os valores previstos no plano de trabalho e os apresentados pelas empresas vencedoras do certame.

Conforme as investigações, as pesquisas de preços realizados pelo Ibrasi foram realizadas fora do Sincov (sistema do governo de cadastro de convênios), e também foram feitas antes e depois da formalização do convênio. Ou seja, houve, "portanto, absoluta coincidência entre os valores previstos no plano de trabalho e os apresentados pelas empresas vencedoras".

Há também alterações cadastrais feitas após a solicitação de cotações prévias de preços.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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