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24/08/2011 - 20h30

Eduardo Cunha perde relatoria em comissão da Câmara

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MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

Depois de forte pressão de dissidentes do PMDB, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve que abrir mão da relatoria da Comissão Especial do Código de Processo Civil. A mudança de nome pode ser encarada como uma vitória do grupo de 35 deputados que questionam a atuação do líder Henrique Eduardo Alves (RN) e de privilégios concedidos aos seus aliados.

A presidência da comissão ficará agora com o deputado Fábio Trad (PMDB-MS), de primeiro mandato. E a relatoria com Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA). "Sentimos que o partido reconhece a necessidade de renovação", comemorou Danilo Forte (PMDB-CE).

Já Eduardo Cunha admitiu que foi derrotado. "Eu não cedi. O líder me botou e ele me tirou. Foi à minha revelia. A decisão não é minha", afirmou.

Eduardo Cunha ressaltou que não queria ser comparado ao colega João Paulo Cunha (PT-SP), que mais cedo já havia desistido de presidir a comissão, depois de ser pressionado pelo fato de ser réu no Supremo pelo mensalão.

"Minha posição não pode ser igual à de João Paulo Cunha", afirmou o peemedebista.

Depois da desistência de João Paulo Cunha, o PT indicou para a presidência Barradas Carneiro. O problema é que ele é suplente e, pelo regimento, não poderia assumir uma presidência. Para resolver o problema, PT e PMDB inverteram os papeis. Carneiro ficou com a relatoria e Trad, do PMDB, com a presidência.

Henrique Eduardo Alves negou que a saída de Eduardo Cunha tenha acontecido por pressão interna do partido. "Isso não foi considerado. O que fiz foi que, diante da insistência do meio jurídico para a indicação de um advogado, achamos uma boa composição política e jurídica", disse.

Diante dos diversos impasses, a instalação da comissão teve que ser adiada para a semana que vem.

 

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