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Eduardo Cunha perde relatoria em comissão da Câmara
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MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA
Depois de forte pressão de dissidentes do PMDB, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve que abrir mão da relatoria da Comissão Especial do Código de Processo Civil. A mudança de nome pode ser encarada como uma vitória do grupo de 35 deputados que questionam a atuação do líder Henrique Eduardo Alves (RN) e de privilégios concedidos aos seus aliados.
A presidência da comissão ficará agora com o deputado Fábio Trad (PMDB-MS), de primeiro mandato. E a relatoria com Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA). "Sentimos que o partido reconhece a necessidade de renovação", comemorou Danilo Forte (PMDB-CE).
Já Eduardo Cunha admitiu que foi derrotado. "Eu não cedi. O líder me botou e ele me tirou. Foi à minha revelia. A decisão não é minha", afirmou.
Eduardo Cunha ressaltou que não queria ser comparado ao colega João Paulo Cunha (PT-SP), que mais cedo já havia desistido de presidir a comissão, depois de ser pressionado pelo fato de ser réu no Supremo pelo mensalão.
"Minha posição não pode ser igual à de João Paulo Cunha", afirmou o peemedebista.
Depois da desistência de João Paulo Cunha, o PT indicou para a presidência Barradas Carneiro. O problema é que ele é suplente e, pelo regimento, não poderia assumir uma presidência. Para resolver o problema, PT e PMDB inverteram os papeis. Carneiro ficou com a relatoria e Trad, do PMDB, com a presidência.
Henrique Eduardo Alves negou que a saída de Eduardo Cunha tenha acontecido por pressão interna do partido. "Isso não foi considerado. O que fiz foi que, diante da insistência do meio jurídico para a indicação de um advogado, achamos uma boa composição política e jurídica", disse.
Diante dos diversos impasses, a instalação da comissão teve que ser adiada para a semana que vem.
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