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Presidente do PPS diz que fala de tucanos 'beira ao adesismo'
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DE SÃO PAULO
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), criticou nesta terça-feira (30) as declarações dos tucanos Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso sobre a faxina do governo da presidente Dilma Rousseff.
O senador e o ex-presidente haviam dito que, se o governo quiser mesmo fazer a faxina para combater a corrupção nos órgãos da União, pode convergir com a oposição.
Em nota, Freire afirma que a declaração dos tucanos "é um grave equívoco que beira ao adesismo". O deputado disse ainda que "oposição não convoca governo" e que "afirmações como essas [de FHC e Aécio] expõem a oposição ao ridículo, ao deboche do PT e ao desdém da presidente Dilma".
Durante um evento em Belo Horizonte, na segunda-feira (29), FHC afirmou que uma aproximação do governo e da oposição em relação ao combate à corrupção não configuraria adesão. "Se quiser avançar mais, acho que é buscar a convergência. Isso não deve ser confundido com adesão, não pode ser. Nós temos pontos de vista diferentes em muitas matérias e vamos manter [esses] pontos de vista [diferentes]", disse FHC.
O presidente do PPS lembrou que o PSDB foi chamado pelo então presidente Fernando Collor a colaborar com seu governo. "Se um governo precisar, ele é que chama a oposição e esta estuda a situação antes de tomar uma decisão", disse Freire.
O deputado afirmou ainda na nota que a posição dos tucanos "no mínimo causam danos à oposição, desarma-a e arma o adversário".
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