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14/10/2011 - 08h21

Assembleia já ensaia esvaziar investigação sobre venda de emendas

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RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo completou ontem 15 dias desde que abriu apuração da denúncia do deputado Roque Barbiere (PTB-SP) de venda de emendas na Casa dando mostras de que caminha para enterrar o caso.

Assim como na última terça-feira, a sessão do conselho foi apenas de impasses entre deputados, com bate-bocas e derrubada de pedidos da oposição para convidar envolvidos a falar.

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PT e PSOL acusaram a base aliada do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de estar fazendo uma "operação abafa" do caso.

"Tem esvaziamento, sabotagem. Nós não investigamos nada até agora", disse Carlos Giannazi (PSOL).

A maioria governista derrubou a tentativa de chamar o secretário Emanuel Fernandes (Planejamento), a quem Roque Barbiere disse ter alertado sobre o esquema. O governo nega.

O presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB), afirmou que foi enviado convite formal para o secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas (PSDB), que é deputado licenciado, prestar esclarecimentos ao conselho.

José Antonio Teixeira/Divulgação
Deputados se reúnem no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo para discutir emendas
Deputados se reúnem no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo para discutir emendas

O tucano se envolveu em polêmica ao dizer em entrevista que recebeu oferta de propina de um prefeito. Depois, foi apontado pelo PT como destinatário de R$ 15 milhões em emendas desde 2007, o que ele nega. Cada deputado, tem direito a indicar R$ 2 milhões anuais.

A previsão de Nishimoto é que Covas fale na próxima quinta, assim como o deputado Major Olímpio (PDT).

O convite a Covas, porém, não deve significar nada de novo, já que o secretário já mandou seus esclarecimentos por escrito. Na ocasião, disse que as afirmações eram uma hipótese usada por ele em palestras.

O próprio líder do PSDB, Orlando Morando, afirmou que Covas já deu suas explicações e que, "no máximo", reenviará o texto.

Morando negou que a base governista trabalhe para abafar as denúncias de Barbiere e reclamou da criação da criação de um "palanque eleitoral" contra Covas.

"Existe um medo de ele ser escolhido nosso candidato a prefeito", afirmou.

Ontem, Alckmin fez, no Palácio dos Bandeirantes, sua mais enfática declaração em socorro a Covas.

"Ele já esclareceu [o que disse na entrevista]. O Bruno Covas é um exemplo em seriedade na política, de responsabilidade. Foi uma frase mal colocada, que já foi esclarecida", disse.

Em visita a Aparecida (SP), anteontem, o governador prometeu a divulgação de todas as emendas de deputados liberadas pelo governo desde 2007.

Até agora, a Casa Civil do governo só disponibilizou dados pagos em 2011.

Segundo Orlando Morando, o governador teria dito a ele que vai pretende liberar os dados no "menor prazo possível".

 

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