Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/10/2011 - 09h15

Ministro tenta reagir a crise com agenda positiva

Publicidade

NATUZA NERY
FILIPE COUTINHO
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA

Enquanto a oposição promete manter em alta a temperatura política em torno do ministro Orlando Silva (Esporte), ele tentará desmontar o "gabinete de crise" e dar início a uma agenda positiva.

O primeiro passo nesse sentido será dado amanhã, quando ele pretende ir à Câmara para tratar da Lei Geral da Copa, proposta que tramita em comissão especial.

As últimas duas vezes em que esteve no Congresso foi para dar explicações aos deputados e senadores sobre suspeitas de irregularidades em sua pasta.

O ministro ganhou fôlego na última sexta quando, depois de uma conversa com a presidente Dilma Rousseff, permaneceu no cargo.

Mas sua sobrevida dependerá do arrefecimento da temperatura política, que pode aumentar com o surgimento de novas acusações, e das investigações em órgãos de fiscalização e controle.

O Planalto pediu à Controladoria-Geral da União que verifique todos os contratos e convênios do Esporte para avaliar a versão dada pelo ministro de que teria tomado providências contra irregularidades na pasta.

Na oposição, a expectativa é em torno do comparecimento à Câmara do soldado João Dias Ferreira, delator do suposto esquema de corrupção na pasta, e de Célio Pereira, funcionário de Ferreira.

A Comissão de Fiscalização e Controle aprovou convite para que os dois sejam ouvidos na quarta-feira.

Em outra frente, o PPS vai apresentar requerimento para ouvir o pastor David Castro, que apontou, em entrevista à Folha, a cobrança de 10% de propina sobre o valor do convênio com sua ONG.

O governo vai observar como Orlando conduz sua agenda e espera que ele consiga reconstruir uma imagem que demonstre autoridade para tocar as ações do ministério.

A relação do ministro com a Fifa e a CBF é considerada complicada, o que não necessariamente é visto com maus olhos por Dilma.

Ela tem se irritado com a tentativa das duas entidades de interferir em questões do país e orientou sua equipe a jogar duro. Na semana passada, o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, chegou a "demitir" Orlando ao dizer que iria tratar de Copa do Mundo com outra pessoa.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página