Haddad diz que ameça de greve de professores municipais tem caráter político
Luiz Carlos Murauskas/Folhapress | ||
Fernando Haddad (PT) em campanha na zona sul de São Paulo |
O prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT-SP) afirmou nesta sexta-feira (19) que os professores das escolas municipais de São Paulo deveriam "insurgir" contra o governo do presidente interino Michel Temer e indicou caráter político na ameaça de greve.
Os docentes agendaram uma paralisação e um protesto para o próximo dia 26 contra o projeto de lei enviado à Câmara Municipal que cria um plano de previdência privada para os servidores do município e institui um teto para o valor da aposentadoria.
"O governo cumpriu uma determinação federal. A lei que foi para a Câmara é uma exigência de lei federal. São Paulo perderia a prerrogativa de receber recursos se não encaminhasse a lei", afirmou Haddad após participar de uma sabatina sobre a eleição na USP (Universidade de São Paulo).
Questionado sobre o possível teor político da paralisação, Haddad afirmou que o presidente do sindicato dos professores é "candidato".
"Não sei se este ano é, mas ele sempre foi candidato a vereador", afirmou em referência a Cláudio Fonseca, presidente licenciado do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais de Educação no Ensino Municipal de São Paulo), que disputa uma vaga na Câmara pelo PPS.
"Ele conhece a legislação federal e sabe que eu fui obrigado a mandar porque não tinha como contornar a exigência federal. Se vai se insurgir que seja contra o governo que ele apoia", disse Haddad.