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Apoio de Lula, Alckmin e Temer afasta eleitores em São Paulo

Bruno Poletti - 26.abr.2016/Folhapress, Felipe Dana/Associated Press e Alan Marques/ Folhapress
SAO PAULO, SP, 26.04.2016: Geraldo Alckmin - Lancamento do livro Justica Comentada, Pareceres de Direito Publico e Direito Constitucional, de Alexandre de Moraes, Secretario de Seguranca Pública de Sao Paulo. (Foto: Bruno Poletti/Folhapress, FSP-MONICA BERGAMO) ***EXCLUSIVO FOLHA***FILE - In this June 6, 2016, file photo, Brazil's Former President Luiz Inacio Lula da Silva speaks at a rally in defense of public companies and against Brazil's interim President Michel Temer in Rio de Janeiro, Brazil. Lawyers for the ex-President have filed a petition on Thursday, July 28, 2016, with the U.N. denouncing what they call a lack of impartiality and abuse of power by the judge investigating the corruption scandal at state-owned oil company Petrobras. (AP Photo/Felipe Dana, File) ORG XMIT: XLAT205 BRASÍLIA, DF, BRASIL, 16.05.2016. O presidente interino da República, Michel Temer, participa da Cerimônia de Recepção da Tocha Paralímpica, no Palácio do Planalto. (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
Pesquisa Datafolha mediu rejeição a nomes indicados por padrinhos políticos nas eleições

A vinculação de candidatos a padrinhos políticos traz mais prejuízos do que vantagens na disputa pela Prefeitura de São Paulo, mostra pesquisa Datafolha.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o nome que causa maior rejeição entre eleitores paulistanos: 73% disseram que não votam no candidato apoiado pelo petista "de jeito nenhum".

A associação com o presidente interino, Michel Temer (PMDB), afasta o voto de 65% dos eleitores. E 51% não escolheriam o nome endossado pelo governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB).

A pesquisa, realizada em 23 e 24 de agosto, ouviu 1.092 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Em meio à Operação Lava Jato, que investiga escândalos de corrupção envolvendo os principais partidos do país, o efeito positivo do apoio político se dissipou.

Como a Folha mostrou na sexta-feira (26), é um candidato sem padrinho político, o deputado Celso Russomanno (PRB), que lidera a intenção de votos na capital paulista, com 31%.

Segundo o Datafolha, 7% dos eleitores disseram que, "com certeza", votariam no nome escolhido por Temer e 23% "talvez" seguissem a sua indicação. O apoio de Lula levaria 11% dos paulistanos a certamente escolher o candidato e 14% estudariam a possibilidade. Alckmin convence 16% e faz 28% examinarem o nome que ele endossar.

ASSOCIAÇÃO

O Datafolha apontou, porém, que a associação entre candidato e padrinho político ainda não é imediata.

O candidato do PSDB, João Doria, que tem 5% das intenções de voto e é desconhecido pela metade dos eleitores, é vinculado a Alckmin por 19% dos eleitores —65% disseram não saber qual era o nome da preferência do governador.

Segundo o levantamento, 35% dos paulistanos aptos a votar apontam Haddad (8% de intenção) como candidato apoiado por Lula, mas 10% ainda associam o ex-presidente a Marta Suplicy (PMDB).

A campanha petista quer evitar a associação com a senadora, que deixou a legenda no ano passado e tem boa entrada na periferia.

RIO

No Rio, Temer tem o pior desempenho entre os cabos eleitorais pesquisados. Segundo o Datafolha, 68% dos eleitores não votariam no candidato apoiado por ele, que defende a candidatura de Pedro Paulo (PMDB).

O apoio do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), causaria a rejeição de 61%. Paes também apoia Pedro Paulo.

Lula afastaria o voto de 64% dos cariocas. O ex-presidente, contudo, é o cabo eleitoral que mais pode influenciar positivamente –14% afirmaram que o apoio do petista os levaria a escolher um candidato.

Lula apoia a deputada Jandira Feghali (PC do B).

Paes definiria, segundo o instituto, o voto de 10% dos eleitores e Temer, 5%. O Datafolha ouviu 928 eleitores.

Opinião sobre o apoio de políticos

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