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Russomanno diz que Uber está ilegal e promete ajudar motoristas a processarem empresa

Carlos Pupo/Folhapress
O candidato pelo PRB a Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Celso Russomanno, faz campanha nas ruas do bairro de Santa Cecilia na região central da capital paulista, nesta quinta-feira (1º).
O deputado federal Celso Russomanno, faz campanha em Santa Cecilia, no centro

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB), disse nesta sexta-feira (2) que está disposto a ajudar motoristas do Uber que se sentirem enganados a entrar com uma ação na Justiça contra a empresa.

"Tem muita gente que me procura e diz: 'acreditei [no Uber], comprei um carro, larguei o que eu fazia e agora não consigo mais pagar a prestação [do veículo]' ", afirmou durante evento da sua campanha em Brasilândia, zona norte da capital.

"Vou ajudá-los a dizer para essa multinacional que aqui no Brasil tem lei", disse o advogado, que se tornou famoso por apresentar um programa de TV sobre direitos do consumidor.

Segundo Russomanno, o Uber promete um rendimento irreal para atrair mais motoristas. Ele também criticou a comissão cobrada dos motoristas pela empresa.

"Eles tomam 25% da arrecadação do motorista. Que aplicação rende isso? Nenhuma. Até agiota cobra menos, cobra 10%", criticou.

Em entrevista à rádio CBN nesta quinta (1), Russomanno afirmou que o Uber está atuando na cidade em uma situação de "ilegalidade", apesar de o prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, ter baixado um decreto permitindo o serviço.

Nesta sexta, o deputado repetiu o diagnóstico e disse que, se for eleito, apreenderá os carros do serviço sem placa vermelha (reservada ao transporte público). Ele defendeu que os motoristas do Uber se submetam à mesmas condições dos táxis.

"Carros de aluguel, como o Uber, precisam ter placa vermelha. O decreto que está aí desobedece a lei federal", afirmou.

Segundo o candidato, que lidera as pesquisas de intenção de voto, Haddad baixou o decreto movido por interesses próprios, "porque tem parentes que trabalham no Uber". Em maio, a imprensa noticiou que um sobrinho de Haddad é funcionário da empresa. Tanto o prefeito quanto a empresa negam que o fato tenha influenciado a regulação.

REGULAMENTAÇÃO

Russomanno afirma que não é contra o aplicativo, mas que falta regulação adequada e limite para o número de motoristas.

O excesso de carros na rua, segundo ele, reduz o rendimento tanto dos motoristas e quanto dos taxistas.

"Vamos regularizar, mas depois de fazer estudos de impacto [no trânsito] para ver quantos carros cabem e esses que couberem a gente dá uma licença", disse.

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