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Vice-presidente do PSDB compara Doria a Haddad e Dilma: 'não tem estrutura para dirigir SP'

Vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman, gravou um vídeo no qual faz críticas à proposta do candidato do seu partido à prefeitura de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), e compara o discurso de que o empresário seria o "novo" na política paulistana às narrativas que elegeram Fernando Haddad (PT) prefeito, em 2012, e Dilma Rousseff (PT) presidente, em 2010 e 2014.

"Elegemos em 2012 o Haddad porque ele era o novo, como se o novo fosse o bom. Hoje há uma tentativa de se eleger João Doria como o novo, como se o novo fosse o bom. Nós não sabemos", diz Goldman. "Aliás, acabamos de tirar uma presidente da República que era a 'nova', que não tinha também história política nenhuma, que foi inventada pelo seu mentor, Luiz Inácio Lula da Silva. Deu no que deu", continua o ex-governador.

"Deu no que deu no governo federal. Deu no que deu na prefeitura e pode vir a dar se nós elegermos amanhã um 'novo' que não tem estrutura suficiente para dirigir a cidade de São Paulo", conclui Goldman.

O ex-governador publicou o vídeo em seu blog pessoal, nesta terça-feira (6). Ele classifica como "fantasiosa" a proposta que é apresentada como o carro-chefe dos planos de Doria para a saúde paulistana, o "Corujão da Saúde". Ele compara o plano de Doria ao "Arco do Futuro" prometido por Haddad na eleição anterior. A proposta do petista era criar um eixo de desenvolvimento para a periferia.

"Na época, o Haddad candidato apresentou a proposta do arco do futuro, uma bonita imagem de televisão, um bonito arco que pegava toda uma parte da cidade, reestruturando toda uma parte de São Paulo. (...) Muito bonito. Só que nada disso aconteceu", inicia Goldman. "Vemos hoje novas fantasias sendo apresentadas. O candidato João Doria apresenta a ideia para resolver o problema da saúde do 'Corujão da Saúde'. Qual é a ideia: é aproveitar uma certa disponibilidade dos hospitais dos privados no período noturno e a prefeitura faria convênios para aproveitar esses espaços que estão não sendo utilizados. Vende-se, mais uma vez, uma fantasia", conclui Goldman.

O vice-presidente do PSDB afirma que os custos são elevados e irreais para as contas da prefeitura de São Paulo. Segundo ele, a proposta é "um nome expressivo" que "não vai se realizar".

'HUMILDADE

As críticas abertas de Goldman a Doria são mais um episódio na série de desentendimentos entre o candidato apadrinhado pelo governador Geraldo Alckmin e parte expressiva da cúpula do PSDB paulista, que não apoia sua campanha oficialmente.

Aliados do candidato tucano e do governador Geraldo Alckmin reagiram. "De inovação, realmente, o Goldman não entende nada. Ele parou no tempo", respondeu Fábio Lepique, ex-assessor especial do governador e integrante da campanha de Doria.

"O que falta mesmo é humildade para reconhecer os bons talentos, as forças políticas novas. Conflito de gerações", ironizou.

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