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'Ninguém elege uma pessoa sem experiência impunemente', diz Marta sobre escalada de Doria

Reynaldo Turollo Jr./Folhapress
Marta Suplicy (PMDB) faz campanha em rua de comércio na Lapa (zona oeste)
Marta Suplicy (PMDB) faz campanha em rua de comércio na Lapa (zona oeste de São Paulo)

A candidata a prefeita de São Paulo pelo PMDB, Marta Suplicy, disse nesta quinta-feira (15) que está "preocupada" com o crescimento de João Doria (PSDB) nas pesquisas porque "ninguém elege uma pessoa sem nenhuma experiência impunemente".

Marta ainda comparou o tucano ao prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, à ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment, e ao ex-prefeito Celso Pitta, que governou São Paulo de 1997 a 2000 e terminou o mandato mal avaliado.

A declaração foi em resposta a uma pergunta sobre a pesquisa Ibope divulgada nesta quarta (14). O levantamento mostrou que Doria cresceu de 9% para 17% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Marta, que subiu de 17% para 20%. A margem de erro é de três pontos.

"Fico contente com a pesquisa e um pouco preocupada com o crescimento do Doria porque ninguém elege uma pessoa sem nenhuma experiência impunemente. Veja o exemplo do Haddad, do Pitta, da Dilma. Nós temos que ter muito cuidado com esse crescimento", disse Marta.

Em sua campanha, Doria se apresenta como empresário, um nome que vem de fora do meio político tradicional. Ele nunca disputou eleições.

Foi a primeira crítica mais dura feita por Marta tendo Doria como alvo. A campanha da peemedebista vinha priorizando atacar a gestão de Haddad, com quem ela disputa os eleitores da periferia.

"Acho que a campanha está crescendo, temos muita possibilidade de ir para o segundo turno e lá vamos ganhar a eleição", disse Marta.

Diante das últimas pesquisas, assessores próximos já cogitam a possibilidade de ela enfrentar Doria em um eventual segundo turno, caso o movimento registrado continue. Apesar de liderar isolado, o candidato Celso Russomanno (PRB) tem apresentado queda nos levantamentos –segundo o Ibope, de 33% para 30%.

Questionada sobre a promessa de isentar taxistas de pagar taxas para que possam concorrer com o Uber, e sobre os impactos que essa medida traria num momento de crise, Marta disse que o reflexo para o município será pequeno.

"É muito pouco, é R$ 22 milhões. São mais ou menos R$ 600 o total da taxa anual que eles [taxistas] pagam. Não é uma quantia grande, é mais um gesto da prefeitura, e eles são os únicos que vão poder usar os corredores [de ônibus]", afirmou.

A polêmica em torno do Uber e dos taxistas vem tendo destaque na campanha, especialmente depois que Russomanno declarou que o Uber atua na "ilegalidade".

LULA

Perguntada sobre a denúncia da Lava Jato que apontou o ex-presidente Lula como comandante do esquema de corrupção na Petrobras, Marta classificou-a como "uma grande decepção". A candidata militou no PT por cerca de 30 anos e migrou para o PMDB no ano passado. Em 2012, ela foi preterida por alguns líderes do partido para disputar a eleição municipal em São Paulo.

"É triste você ter um ex-presidente nessa situação, e uma grande decepção para todos os eleitores dele que acreditaram no Brasil diferente e que vivem hoje o resultante dessa crise toda", disse.

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