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Após impeachment, Dilma será cabo eleitoral para Jandira Feghali no Rio

Roberto Stuckert
após impeachment,Dilma será cabo eleitoral para Jandira no Rio
A candidata à Prefeitura do Rio Jandira Feghalli (PC do B) e a ex-presidente Dilma Rousseff

Mesmo após ter o mandato cassado, a ex-presidente Dilma Rousseff vai desempenhar o papel de cabo eleitoral. Ela vai subir num palanque pela primeira vez após sofrer o impeachment na disputa pela Prefeitura do Rio, em apoio à deputada Jandira Feghali (PC do B).

Dilma participará de comício de campanha na Cinelândia na próxima quarta-feira (21), com o mote "a virada da primavera das mulheres", segundo Jandira –a estação começa no dia 22. Ela também já gravou uma mensagem para o programa eleitoral.

A vinda de Dilma é o auge da nacionalização da campanha municipal que Jandira vem promovendo neste primeiro turno. Ela tem usado debates, programas de TV e material de campanha para apontar o que considera golpe na deposição da petista.

"A cidade não é uma ilha diante do governo federal. Esse golpe se deu na redução de direitos e políticas públicas. Os candidatos que apoiam este governo não têm nenhuma moral e autoridade para falar o que estão prometendo", afirmou ela.

Nos debates, a comunista, uma das principais defensoras do mandato de Dilma na Câmara, chamou o deputado Pedro Paulo (PMDB) de "traidor" e o senador Marcelo Crivella (PRB), ex-ministro da Pesca de Dilma, de "traíra".

Questionada sobre como manterá relações institucionais com um governo que diz ser golpista, afirmou: "Vamos ter relações administrativas com o governo federal e estadual. Mas espero que a gente conseguirá derrubá-lo".

Após Dilma, Jandira receberá no palanque o ex-presidente Lula. Apesar dos padrinhos políticos atrapalharem mais do que ajudam, segundo pesquisa Datafolha, Lula ainda teria um efeito positivo sobre a campanha da comunista, já que definiria a escolha de 14% do eleitorado.

O segundo colocado nas pesquisas é Marcelo Freixo (PSOL), com 11% das intenções de voto segundo o Datafolha. Ele está empatado tecnicamente com Jandira e Pedro Paulo, ambos com 8% cada, Índio da Costa (PSD) e Flávio Bolsonaro (PSC), com 6%. O líder é Crivella, com 29%.

A divisão da esquerda aumenta as chances de Pedro Paulo, candidato do prefeito Eduardo Paes (PMDB), chegar ao segundo turno.

Os três candidatos críticos ao impeachment –Freixo, Jandira e Alessandro Molon, da Rede– selaram pacto de não agressão, mas rechaçam aliança para garantir que um deles vá ao segundo turno.

"O PSOL rejeita aliança com qualquer partido da base de Dilma. Acho difícil isso acontecer", disse Jandira.

"O movimento não pode partir de mim. Estou na frente", disse Freixo.

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