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Marta critica proposta trabalhista de governo Temer e bate em Russomanno

A senadora licenciada Marta Suplicy, candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB, se posicionou contra o aumento do limite de jornada diária para 12 horas –proposta antecipada pelo Ministério do Trabalho– e fez três ataques ao oponente Celso Russomanno (PRB).

"O ministro do Trabalho, que pertence ao PTB, quer que o Congresso Nacional aprove a jornada de trabalho de 12 horas diárias para os trabalhadores brasileiros. Eu sou totalmente contra", disse Marta sobre a reforma trabalhista que está sendo desenhada pelo governo de seu correligionário Michel Temer no programa eleitoral que foi ao ar na noite desta sexta (16).

"Eu sempre tive um lado, o lado de quem mais precisa. Isso é a história de toda a minha vida. Sempre fui e serei contra qualquer mudança na lei trabalhista que prejudique os trabalhadores", declarou.

Desde que o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, adiantou pontos da reforma, o governo tem dito que as mudanças não vão tirar direitos dos trabalhadores.

A pedido de Temer, o ministério divulgou nota de esclarecimento à imprensa e divulgou vídeo em redes sociais para desmentir "boatos".

Ao invés de jornada de 12 horas, a proposta fala em limite diário será de 12 horas, já contadas as horas extras, sem alterar o teto semanal de 48 horas (44 horas mais 4 horas extras).

RUSSOMANNO

No programa de TV, Marta partiu para o ataque contra Russomanno, com quem a senadora está tecnicamente empatada em primeiro lugar, de acordo com a última pesquisa Datafolha, e que está em primeiro na última pesquisa Ibope.

A candidata bateu em três pontos que são o calcanhar de Aquiles do oponente.

"São Paulo tem hoje 2 milhões de desempregados. E quem tem emprego nunca trabalhou tanto como agora, porque a crise é séria. Mas candidato a prefeito de uma cidade do tamanho de São Paulo não pode ficar em cima do muro", disse, no começo da peça, em referência a Russomanno, que se recusou a opinar sobre a reforma trabalhista porque sua candidatura poderia "naufragar".

O ponto foi reiterado no final do tempo da candidata na TV. "Trabalho e emprego são coisas sérias. Nenhum candidato tem o direito de esconder o que pensa. Candidato precisa ter lado e precisa dizer de que lado está."

O golpe seguinte de Marta mirou no posicionamento anti-Uber do rival, visto por membros do PRB como o motivo da queda deles nas pesquisas.

"Ser contra o Uber é ser contra o direito do trabalhador. Em um momento de grave crise de desemprego, o Uber é a maneira que milhares de pessoas encontraram para trabalhar e sustentar suas famílias", afirmou Marta no programa.

O ataque final foi uma referência à uma das principais bandeiras de Russomanno, a defesa do consumidor.

"Ser contra o Uber também é ser contra o direito do consumidor. Contra o direito dos paulistanos de ter mais opções de transporte numa cidade com tantos problemas de mobilidade", declarou.

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