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Resistência do paulistano à redução da velocidade cai; veja propostas dos candidatos

Zanone Fraissat/Folhapress
Transito na saída do túnel do Anhangabaú no sentido Av. 23 de maio
Transito na saída do túnel do Anhangabaú no sentido Av. 23 de maio

Cresceu a aprovação do paulistano de políticas municipais para a mobilidade urbana, segundo estudo publicado pela Rede Nossa São Paulo, nesta segunda-feira (19).

Um dos temas mais espinhosos das propostas para mobilidade, a redução da velocidade máxima nas principais vias de São Paulo obteve leve melhora na aprovação do cidadão, mas continua encontrando resistência. Metade dos entrevistados disseram ser contra e 47%, a favor. Em 2015, 53% eram contrários e 43% favoráveis.

Dos cinco principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, apenas Fernando Haddad (PT) –autor da proposta– e Luiza Erundina (PSOL) disseram que vão manter a redução e até aprimorá-la. Celso Russomanno (PRB) e João Doria (PSDB) prometeram revisar a medida e Marta Suplicy (PMDB) afirmou que pretende aumentar o limite de velocidade nas marginais Pinheiros e Tietê.

REDUÇÃO DE VELOCIDADE EM AVENIDAS

De acordo com a pesquisa, o apoio à construção de mais corredores e faixas reservadas para ônibus se manteve estável, com leve melhora –92%, ante 90% em 2015.

A abertura de ruas e avenidas exclusivamente para pedestres, como o caso da avenida Paulista, foi o item que teve maior crescimento de satisfação. A medida é apoiada por 76% dos paulistanos, 12 pontos percentuais a mais do que em 2014.

FECHAMENTO DE RUAS PARA LAZER AOS DOMINGOS

Outro item cuja aprovação teve melhora significativa foi para a construção e ampliação de ciclovias e ciclofaixas: passou de 59% em 2015 para atuais 68%.

O estudo aponta que a satisfação com aspectos referentes à locomoção melhorou de uma forma geral. As faixas de pedestres –quantidade e localização– obtiveram as maiores notas. A situação do trânsito e a poluição, as piores.

As medidas mais importantes para o aperfeiçoamento na mobilidade, para os entrevistados, foram as opções "melhoria na qualidade do transporte de metrô" e "construir mais linhas de metrô ou ampliar as já existentes", escolhidas por 45%.

CICLOVIAS E CICLOFAIXAS

TRÂNSITO

O tempo médio diário de deslocamento para realizar a principal ocupação do cidadão aumentou. O tempo gasto nesse trajeto, que se manteve em 1h44 por dois anos consecutivos, chegou a 2h01 em 2016. Entre os que usam o carro diariamente, a média foi de 1h59 e para os usuários do transporte público, 2h12.

Quando se analisa o tempo médio de deslocamento para todos os trajetos feitos durante o dia, o paulistano gasta 2h58. Na pesquisa anterior, a média era de 2h38.

Aproximadamente um terço dos paulistanos (34%) diz utilizar o carro diariamente para se locomover. Mais da metade (51%), entretanto, diz que "com certeza" deixaria o carro em casa se tivesse "melhor alternativa de transporte" e 49% afirmam usar o carro com menor frequência nos últimos 12 meses.

CORREDORES E FAIXAS DE DE ÔNIBUS

SAÚDE

A saúde foi considerada a área mais problemática para o paulistano, "eleita" por 58% dos entrevistados. O desemprego –9ª colocação em 2014 e 4ª em 2015– passou a ocupar o segundo lugar, seguido da segurança pública.

Segundo reportagem da Folha, os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, apesar disso, têm propostas vagas para enfrentar problemas na saúde pública municipal.

METODOLOGIA

Os dados citados fazem parte da 10ª edição de pesquisa sobre percepções do paulistano, realizada pelo Ibope Inteligência e lançada pela Rede Nossa São Paulo em evento da instituição sobre mobilidade urbana e transporte público em São Paulo, nesta segunda.

Foram entrevistados 602 moradores da cidade de São Paulo com 16 anos ou mais, entre os dias 23 de agosto e 1 de setembro. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro, de 4%.

PROPOSTAS DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS PARA MOBILIDADE

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