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Líder nas pesquisas, Rafael Greca faz campanha de tom nostálgico em Curitiba

Líder da corrida eleitoral em Curitiba, o candidato Rafael Greca (PMN) usa a nostalgia como principal mote de campanha.

"Volta, Curitiba" é seu bordão eleitoral. Prefeito da cidade entre 1993 e 1996, Greca deu continuidade à administração do arquiteto Jaime Lerner, que na época o indicou como sucessor (hoje, estão rompidos politicamente).

Divulgação
Rafael Greca, candidato à prefeitura de Curitiba
Rafael Greca, candidato à prefeitura de Curitiba

Engenheiro e urbanista por formação, fez obras pouco ortodoxas, que viraram símbolo de sua gestão —como bibliotecas em formato de farol e chafarizes luminosos.

"No meu tempo, a cidade funcionava", disse Greca à Folha, em julho. Conhecedor da história de Curitiba, deu cursos sobre o tema e costuma cantar o hino municipal quando tem oportunidade.

Pautas nacionais, como impeachment e combate à corrupção, não entram no discurso. O foco é em suas realizações como prefeito e planos para "a volta ao futuro".

Seu principal adversário, o prefeito Gustavo Fruet (PDT), tem dito que Greca "promete terreno na Lua" e que é preciso opor "a demagogia ao realismo". A gestão enfrentou queda na arrecadação e em repasses estaduais e federais.

"Se está difícil para o Gustavo, deixa que eu faço", costuma responder o candidato.

Aos 60 anos, o político mudou de partido para concorrer ao cargo: saiu do PMDB, onde batia de frente com o senador Roberto Requião, para o nanico PMN.

Para viabilizar a candidatura, coligou-se com seis partidos -entre eles, o PSDB do governador Beto Richa, também ex-prefeito, atualmente com popularidade em baixa.

A aliança com o tucano deu musculatura à campanha, mas é alvo de ataques. Greca criticou severamente o governo na crise financeira do Estado, no ano passado, e no confronto entre professores e policiais num protesto.

O candidato diz que cabe a quem apoia explicar a aliança, e não a ele. "O Beto Richa não vai mandar em mim."

Na última pesquisa do Ibope, disparou à frente, com 45% contra 16% de Fruet. Adversários contestam a fidedignidade do levantamento, já que o instituto é um dos fornecedores da sua campanha, que pagou R$ 189 mil ao Ibope por pesquisas de opinião.

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