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Candidatos líderes são alvo de rivais em debates no interior de SP

Na reta final da campanha, candidatos líderes nas pesquisas eleitorais foram os principais alvos de debates encerrados já na madrugada desta segunda-feira (26) em cidades do interior de São Paulo.

Em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), a ligação do nome do candidato Ricardo Silva (PDT) à operação Sevandija foi explorada por seus adversários, entre eles Duarte Nogueira (PSDB), que está empatado tecnicamente na disputa eleitoral.

Já em Araraquara (a 273 km de SP), o líder das pesquisas, o ex-ministro (Secom) Edinho Silva (PT), foi criticado por seus adversários, inclusive sua ex-mulher, a tucana Edna Martins. Enquanto isso, em Franca (a 400 km da capital), a ausência do ex-prefeito Sidnei Rocha (PSDB) foi alvo dos rivais.

Realizado pela TV Record, o debate dos candidatos de Ribeirão contou com uma avalanche de críticas ao vereador pedetista por seu suposto envolvimento no maior escândalo de corrupção da história da cidade. A operação Sevandija, da PF (Polícia Federal) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público paulista, apura um esquema de corrupção cujo montante fraudado pode chegar a R$ 203 milhões na Prefeitura de Ribeirão.

Nogueira explorou o tema ao questionar Rodrigo Camargo (PTB), que também debateu o assunto com João Gandini (PSB). Todos criticaram Ricardo, que tem 33% das intenções de voto, conforme pesquisa Ibope divulgada no último dia 15. Nogueira, com 26%, está empatado tecnicamente, já que a margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

"As iniciais dele [Ricardo] apareciam em notas de R$ 2, [que estavam] num cofre do [empresário] Plastino, da Atmosphera, preso na operação Sevandija", disse Gandini.

O pedetista, que reclamou de um "acordo" dos rivais para atacá-lo, teve um pedido de direito de resposta atendido e se defendeu das acusações. Voltou a pedir novos direitos de resposta, sem ser atendido.

Nogueira, deputado federal, foi alvo de Ricardo ao ser questionado sobre citações de seu nome na "máfia da merenda" e em uma lista da Odebrecht. O tucano alegou não ter elo com nenhum dos casos.

ALVO

Em Araraquara, o ex-ministro Edinho Silva, que tenta voltar a governar a cidade após oito anos, foi atacado pelos concorrentes em debate promovido pela Eptv, afiliada Globo.

Nino Mengatti (PSB), João Farias (PRB) e Edna Martins (PSDB) o criticaram pelo período em que governou Araraquara (2001-08), por sua ligação com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ou por ter sido citado na Lava Jato.

Edinho lidera a corrida eleitoral com 46% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope do último dia 15. Edna tem 12% e está empatada tecnicamente com outros três adversários –a margem de erro também é de quatro pontos percentuais.

Mengatti disse que a autarquia de água e esgoto tem erros administrativos desde o governo do petista e que não vai privatizar o setor. Disse ainda que Edinho ficou oito anos fora da cidade e só lembrou dela agora, na campanha.

Já Edna afirmou que as políticas para manter a cidade limpa já não eram eficientes no governo de Edinho -eles foram casados por dois anos e têm um filho de 27. "O grande prefeito do planeta, o melhor de todos", disse ironicamente Farias, que foi chefe de gabinete do petista, que também foi cobrado por não ter ajudado a cidade quando participou do governo federal.

Edinho se defendeu dizendo que não entraria nas provocações e que é vítima de acusações infundadas dos candidatos.

"Várias das questões cobradas de mim são atribuições de prefeito, eu era ministro da Comunicação Social. Mas quero ser prefeito", disse o petista.

AUSÊNCIA

A decisão do ex-prefeito de Franca Sidnei Rocha (PSDB) de não participar dos debates eleitorais com os candidatos da cidade foi um dos principais assuntos no encontro também promovido pela Eptv.

O petista Gilmar Dominici, que governou Franca entre 1997 e 2004, antecedendo os dois mandatos de Sidnei, o chamou de "fujão" em todos os blocos do debate.

"[Vou] Lamentar mais uma vez essa cadeira vazia, de um candidato que despreza o debate, desrespeita o eleitor", disse Dominici, olhando para o lugar destinado ao tucano.

Marco Aurélio Ubiali (PSB) também criticou o tucano pela ausência. Sidnei tem alegado que a fórmula dos debates está ultrapassada e que tem sido vítima de mentiras de rivais.

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