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Em queda, Erundina diz que resultado nas urnas importa menos que 'resistência ao retrocesso'

Em queda nas pesquisas, a candidata Luiza Erundina (PSOL) minimizou o resultado da eleição e afirmou que seu objetivo é resistir ao "retrocesso democrático".

"Não é uma eleição, é a construção de um front de resistência ao retrocesso democrático", disse em encontro com estudantes e professores da PUC-SP.

"Não importa o resultado das urnas no domingo (2)", completou.

Carolina Linhares/Folhapress
A candidata do PSOL, Luiza Erundina, cumprimenta a plateia de evento na PUC
A candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, antes de discursar em evento na PUC

Evitando jogar a toalha, porém, a candidata, que registrou 5% na última pesquisa Datafolha, afirmou que "milagres acontecem".

Emendou, contudo: "não vamos para a casa depois de domingo, vamos discutir política".

Erundina afirmou ainda que não tinha planos de ser candidata. "Mas não resisto diante da pressão popular e topei a parada", disse.

Questionada pela Folha sobre estar resignada com o resultado, Erundina afirmou que "pelo contrário". "Estou hoje tão animada quanto estava no início. Tenho a mesma esperança, mas entendendo o significado maior desse processo, para além do eleitoral", disse.

"Essa eleição, a gente assumindo o governo ou não, vai ter uma expressão política para além do resultado", completou.

MINORIAS

A candidata arrancou risos da plateia ao se identificar com as minorias e ressaltar sua idade.

"Eu sou mulher, nordestina, pobre. Só faltou ser negra. Mas agora eu tenho mais um: sou velha", afirmou.

A candidata também assinou o compromisso da plataforma Cidade 50-50, da ONU Mulheres, para promoção de igualdade de gênero nas cidades.

Carolina Linhares/Folhapress
A candidata do PSOL, Luiza Erundina, assina compromisso da ONU Mulheres com igualdade de gênero durante encontro na PUC
A candidata do PSOL, Luiza Erundina, assina compromisso da ONU Mulheres com igualdade de gênero

Sobre o debate realizado no domingo (25) pela Record, ela disse que "desmascarou um um pouco mais os candidatos que estão escondidos diante da disputa pessoal", referindo se aos três que estão empatados em primeiro lugar –João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB).

Erundina afirmou ainda que há duas propostas em disputa, a dela e de todos os demais. "Uma mantém as coisas como estão e até piora, porque tem um viés de atraso, de mesmice. E a nossa tem um conceito de cidade e compromisso político além do administrativo."

CENÁRIO NACIONAL

Candidato a vice, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) usou seu discurso para criticar medidas do governo Michel Temer, como a reforma do ensino médio.

Valente chamou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de "campeão da repressão" e disse que ele faz uso político de informações privilegiadas da Polícia Federal.

No último domingo, Moraes afirmou a grupos pró-impeachment que haveria operação da Lava Jato nesta semana. O ex-ministro petista Antonio Palocci foi preso nesta segunda (26).

Falando para uma plateia de estudantes de esquerda, Valente afirmou que não abandonou a ideia de revolução. "Nós não temos medo de dizer que somos socialistas", disse.

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