Publicidade
Publicidade
Publicidade

Haddad é o único capaz de se contrapor ao desmonte planejado por Temer, afirma Lula

Eduardo Anizelli/Folhapress
O ex-presidente Lula com Fernando Haddad, candidato a reeleição na Prefeitura de São Paulo
O ex-presidente Lula com Fernando Haddad, candidato a reeleição na Prefeitura de São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (27) que o país deve se preparar para um desmonte a ser realizado pelo Governo Temer. Segundo ele, Haddad seria o único capaz de se contrapor, "com faca entre os dentes", à política de privatizações.

"Se preparem porque logo logo vem um pacote para se desfazer do banco do Brasil, da caixa econômica federal, para vender a Petrobras. Porque quem não sabe governar só sabe terceirizar", afirmou o ex-presidente.

Lula disse que a eleição do tucano João Doria representaria um atraso. Para ele, a Prefeitura de São Paulo pode permitir a resistência à terceirização:

"Temos consciência de que o prefeito da cidade de São Paulo pode ser uma forma de enfrentamento a essa política de desmonte que se pretende fazer no país", afirmou Lula.

Ao discursar num ato em apoio à reeleição do prefeito Fernando Haddad, Lula elogiou o desempenho do candidato petista à frente do ministério da Educação. Fez então uma dura crítica ao atual ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmando que a única ação que tem em seu currículo foi a proposta que permitiu a reeleição. E "não se sabe a preço de quê".

Aproveitando a presença do ex-ministro Bresser Pereira entre os apoiadores de Haddad, Lula sugeriu que o economista, um dos fundadores do PSDB, perguntasse ao ex-presidente FHC se ele não consideraria a eleição de Doria um atraso. Lula lembrou que, segundo Fernando Henrique, a eleição de Dilma Rousseff aconteceu graças ao voto "do povo mais atrasado".

"Queria pedir ao Bresser Pereira que perguntasse ao FHC, sei que você é ainda amigo dele, [...] se é possível que São Paulo tenha tanta gente atrasada para votar no Doria e no Russomanno".

Haddad, por sua vez, imitou Doria durante o discurso, repetindo a frase "eu não sou político".

O prefeito desqualificou o argumento de Doria, que afirma que não seria necessário fechar duas pistas da avenida Paulista aos fins de semana porque, no Rio de Janeiro, só uma via da avenida Vieira Souto é fechada: "ele esquece que na Vieira Souto tem a praia".

Haddad disse ainda que não vai abrir mão do confronto com Dória no segundo turno: "no segundo turno, ninguém vai poder dizer que não é político. Vai ser no tete-a-tete, no mano a mano", disse Haddad

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade