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Tom sentimental e poucos ataques marcam último dia de propaganda em SP

Um tom sentimental e poucos ataques a adversários marcaram a propaganda eleitoral dos candidatos à Prefeitura de São Paulo na tarde do último dia de campanha antes do primeiro turno, nesta quinta-feira (29).

Líder isolado no último Datafolha, com 30% das intenções de votos, o empresário João Doria (PSDB) repetiu um resumo da imagem que tentou colar em si mesmo durante a candidatura: a de que não é um "playboy", mas sim alguém de origem humilde que trabalhou muito para enriquecer. Em suas próprias palavras, "um candidato rico, mas não dos ricos".

"Eu comecei a trabalhar com 13 anos e, quando eu tinha 14 anos, minha mãe faleceu. Essa foi uma marca muito profunda em mim porque eu não consegui esse sonho que era não ver mais minha mãe chorar por não ter [dinheiro]. O pouco que [a gente] tinha era para comprar comida", diz, emocionado, durante a publicidade.

Marta Suplicy (PMDB), que dedicou parte dos seus últimos programas a confrontar Celso Russomanno (PRB), também adotou um tom brando e fez só uma breve menção à contenda entre os dois.

"Eu sei que nessa reta final alguns adversários me atacam com mentiras, mas minha história está aí", disse a candidata, que está em terceiro no Datafolha, com 15%, empatada com Fernando Haddad (PT), com 12%.

No resto do tempo, a propaganda apresenta a peemedebista como uma gestora experiente que defende os interesses dos mais pobres. "Quem é essa mulher que não desiste do povo? Que não perdeu a esperança em em sua gente?", diz o narrador.

A campanha do candidato do PRB –em segundo no Datafolha com 22%– foi a única que usou seu tempo para criticar um adversário –Marta. Nesta semana, ela o acusou de não pagar corretamente funcionários de um bar do qual Russomanno era sócio e que faliu.

"Os adversários apelam. Foi o que aconteceu com a Marta depois de despencar nas pesquisas e ver a cara da derrota", diz uma atriz.

No programa, que não mostra o deputado, ex-empregados do bar afirmam em vídeo ter recebido tudo o que lhes era devido.

Fernando Haddad também não gravou depoimentos especialmente para o programa e escalou o candidato a vice Gabriel Chalita (PDT) para listar seus feitos na educação.

O prefeito só aparece discursando em um comício e defendendo bandeiras de sua gestão, como as ciclovias.

"Quando eu assumi a Prefeitura de São Paulo, eu sonhava com uma cena: que todas as pessoas pudessem sair de sua residência, mas continuar na sua casa. Eu não quero abrir mão desse sonho".

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