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Em último debate, Marta e Haddad se enfrentam e Doria é pouco questionado

Chello/FramePhoto/Folhapress
 Debate de TV com os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido pela TV Globo, nesta quinta-feira (29), em São Paulo
Debate com candidatos à prefeitura de São Paulo na TV Globo, nesta quinta-feira (29)

De olho em uma vaga no segundo turno, os candidatos à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PMDB) e Fernando Haddad (PT) se enfrentaram durante debate promovido pela Rede Globo na noite desta quinta-feira (29). Foi o último encontro dos candidatos antes do primeiro turno da eleição, neste domingo (2).

Haddad e a atual gestão voltaram a ser os principais alvos de críticas dos candidatos. Doria, que lidera a disputa, com 30% das intenções de voto, segundo o Datafolha, foi pouco questionado por seus adversários.

Um dos principais embates do encontro foi uma discussão entre Marta e o petista sobre a inspeção veicular obrigatória.

Haddad, que tem 11% no Datafolha, questionou se a adversária, que está com 15%, pretendia cobrar uma taxa pelo serviço e disse: "Não sei quem te botou isso na cabeça, se foi o [ex-prefeito] Kassab", disse Haddad.
A peemedebista disse que a inspeção não será obrigatória. "As pessoas que forem vão tornar a cidade menos poluente. Quem não quer, não vai e pronto."

Marta e Doria responderam perguntas um do outro em quatro ocasiões. Mesmo em dificuldade nas pesquisas, a peemedebista não atacou diretamente o líder da disputa, com exceção de uma ocasião em que o acusou de não conhecer bem o programa Saúde da Família.

Ela disse concordar com ele em temas como combate à pichação e aproveitou seu espaço para atacar o prefeito. Doria elogiou a ideia dos CEUs (Centro Educacional Unificado), bandeira de Marta, e a quantidade de regularização fundiária promovida no governo dela.

No terceiro bloco do encontro, o tucano e Celso Russomanno (PRB), que tem 22% no Datafolha, se aliaram para criticar a "indústria da multa". O candidato do PRB, que esteve à frente das pesquisas no início da campanha, também foi pouco criticado pelos adversários.

Doria foi criticado por Luiza Erundina (PSOL) por se apresentar como empresário e defender privatizações embora tenha recebido uma série de repasses de dinheiro público em convênios de suas empresas, como mostrou reportagem da Folha.

O tucano rebateu afirmando que tem uma visão administrativa "moderna, atual".

"Você é tão velho quanto qualquer político velho deste país", disse Erundina.

GOVERNO TEMER

No primeiro bloco do encontro, Erundina questionou Marta sobre as mudanças no ensino médio propostas pelo governo de Michel Temer, também do PMDB.

A peemedebista disse que a proposta no Congresso é um "passo na direção certa", mas precisa ser mais debatida. "Não está formatada, de jeito nenhum", afirmou.

A candidata do PSOL disse que "em nenhum momento" vê Marta fazer autocrítica sobre o governo Temer e, que dessa maneira, não conseguirá administrar a cidade.

"A crise que estamos vivendo não é fruto deste governo de poucos meses. É culpa de Dilma Rousseff", respondeu Marta Suplicy.

Outro tema nacional lembrado no debate foi a Operação Lava Jato. Haddad foi questionado por Major Olimpio (SD) sobre reportagem da Folha de quinta-feira sobre delatores que afirmam que dinheiro desviado da Petrobras pagou dívidas da campanha petista de 2012.

O prefeito disse que suas contas da eleição anterior foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e não deu mais detalhes sobre o assunto.

Na mesma ocasião, o petista afirmou que não é "político profissional". O discurso de não ser "político" é um dos principais motes da campanha de Doria, que voltou a afirmar durante o debate que é um "gestor".

O tucano voltou a prometer no encontro que acabará com o projeto "De Braços Abertos", de atuação na cracolândia, criado por Fernando Haddad.

Celso Russomanno prometeu criar atendimento para animais de estimação.

(CATIA SEABRA, PAULA REVERBEL, CAROLINA LINHARES, DANIELA LIMA E THAIS BILENKY)

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