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Sem verba, candidatos de Alphaville seguram as próprias placas na rua

Eduardo Anizelli/Folhapress
O candidato a vereador de Barueri, Aliceo (PSDB), faz campanha na av. Yojiro Takaoka, em Alphaville.
O candidato a vereador de Santana de Parnaíba, Aliceo (PSDB), faz campanha na av. Yojiro Takaoka, em Alphaville.

Sem verba para contratar cabos eleitorais e proibidos de usar cavaletes, candidatos a vereador de Barueri (SP) e Santana de Parnaíba (SP) fazem o papel de homens e mulheres-placa das próprias campanhas.

Basta passar por avenidas das duas cidades vizinhas, que abrigam os condomínios de luxo Alphaville, para vê-los acenando para motoristas e sacudindo cartazes com os próprios rostos.

Quem chama mais atenção é a candidata a vereadora de Santana do Parnaíba Dra. Telma Christiansen (PHS) que, além de segurar uma placa com seu nome e número, divide o canteiro da avenida Yojiro Takaoka com um amigo fantasiado de Pikachu.

A candidata, juíza conciliadora no fórum da cidade, nega que use o Pokémon como tática para chamar atenção a qualquer custo.

"Muita gente acha que o Pikachu é só uma brincadeira, mas é uma metáfora. Você conhece a história dele? É um Pokémon que caça. Acho que os eleitores precisam caçar novos nomes, sabe? Para renovar a política" explica a candidata, sublinhando a palavra "caçar".

Eduardo Anizelli/Folhapress
A candidata a vereadora de Barueri, Rosalia Dantas (PSDB), faz campanha na av. Yojiro Takaoka, em Alphaville
A candidata a vereadora de Barueri, Rosalia Dantas (PSDB), faz campanha na av. Yojiro Takaoka, em Alphaville

Um de seus principais projetos, diz, é abrir um centro veterinário na cidade.

A poucos metros de Christiansen, os candidatos Aliceo Cavalieri (PSDB) e Rosália Dantas (PSDB) também trabalham para conseguir uma vaga na Câmara.

Dantas diz bater ponto no local todo dia, de manhã e de tarde, desde agosto.

Eleita suplente no pleito de 2012 –"sem fazer campanha", diz"– ela adotou a estratégia para contornar a proibição de cavaletes e placas em espaços públicos, imposta pela minirreforma eleitoral de 2015.

Ainda assim, diz aprovar a restrição."As pessoas têm que conhecer os vereadores, temos que dar a cara a tapa", afirma a tucana, que defende uma lei para proibir fios elétricos danificados pendurados nos postes.

A opinião sobre ir pessoalmente às ruas é compartilhada por Milka Borges (PSDB), candidata em Barueri. "Dá mais credibilidade vir aqui e falar com o eleitor", afirma.

Depois de morar na Califórnia, ela quer levar para sua cidade ideias que viu.

"Principalmente na área de saúde. Eles têm, por exemplo, um bom controle de natalidade para que os mexicanos não saiam fazendo filho adoidado", explica.

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