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Doria dispara e chega a 44%; Haddad sobe e 2º lugar tem empate, diz Datafolha

Marlene Bergamo/Folhapress
Marta Suplicy (PMDB), Celso Russomanno (PRB) e Fernando Haddad (PT), que estão praticamente empatados
Marta Suplicy (PMDB), Celso Russomanno (PRB) e Fernando Haddad (PT), que estão praticamente empatados

Na véspera do primeiro turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, pesquisa Datafolha mostra o candidato João Doria (PSDB) na liderança isolada, com 44% das intenções de votos válidos. Fernando Haddad (PT) alcançou 16% e está em empate técnico com Celso Russomanno (PRB), que também tem 16%, e Marta Suplicy (PMDB), com 14%.

O levantamento, feito na sexta-feira (30) e no sábado (1º) com 4.022 pessoas, tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Intenção de voto para prefeito em São Paulo - Votos válidos, em %

Nas simulações de segundo turno, o tucano agora venceria os três oponentes com folga. Doria teria 54% contra 25% de Russomanno, 54% contra 29% de Marta e 59% contra 26% de Haddad.

Os votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, são os contabilizados nas urnas e por isso espelham melhor o cenário real da eleição. Doria está a seis pontos de levar no primeiro turno.

Luiza Erundina (PSOL) registrou 5% das intenções de votos válidos. Major Olímpio (SD) teve 2%, seguido por Levy Fidelix (PRTB) e Ricardo Young (Rede), com 1%. Henrique Áreas (PCO), Altino (PSTU) e João Bico (PSDC) não atingiram 1%.

CRESCIMENTO

Com o maior tempo de TV e apoio do governador Geraldo Alckmin e da máquina do Estado, Doria disparou. No início de setembro, ele tinha 19% das intenções de votos válidos, subiu para 30% no dia 21, chegou a 35% no início desta semana e agora 44%.

Em intensidade menor, Haddad, que também se beneficiou da estrutura da prefeitura, chega em tendência de alta.

Tinha 11% há cerca de um mês, manteve o índice no levantamento seguinte, chegou a 13% no início desta semana e agora avançou para 16%.

No período, Russomanno e Marta despencaram, de 32% para 16% no caso dele e de 25% para 14%, no dela.

Os números mostram que a máquina pública, seja a estadual (para Doria) ou a municipal (para Haddad) na prática compensaram em parte as restrições da nova legislação eleitoral, que passou a proibir doação de empresas e impôs limites orçamentários às campanhas.

Doria, em especial, beneficiou-se. Mais rico entre os adversários, ele se disse disposto a arcar com os custos necessários para uma campanha de R$ 20 milhões.

Na reta final, o PT, sob comando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, intensificou os ataques a Marta, vinculando a ex-petista ao presidente Michel Temer, acusado pela esquerda de querer acabar com direitos trabalhistas.

Um bom desempenho de Haddad na eleição, mesmo que não saia vitorioso nas urnas, pode posicioná-lo como liderança em 2018 do PT, que vive grave crise com o envolvimento de seus principais quadros, Lula inclusive, em denúncias de corrupção.

No entanto, o Datafolha mostra que o prefeito não conseguiu diminuir expressivamente a rejeição a seu nome ao longo da corrida. Ele ainda é descartado por 45% dos eleitores. Russomanno tem rejeição de 37%, Marta, de 36% e Doria , 18%.

O tucano foi o mais bem avaliado no debate da Globo, quinta (29), apontado por 26% dos eleitores como o de melhor desempenho, seguido por Haddad (6%), Russomanno (5%), Marta (4%), Erundina (4%) e Olímpio (2%).

O governo Alckmin afirmou, em nota, que "não existe qualquer relação entre a administração pública e a lógica eleitoral. A escolha de secretários, filiados ou não a partidos, participantes ou não de entidades de classe ou demais organizações da sociedade civil, obedece única e exclusivamente a critérios técnicos voltados ao interesse público".

Pesquisa Datafolha para prefeito de São Paulo

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