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Rafael Greca despenca em Curitiba e deixa o segundo turno indefinido

Divulgação
O candidato de Curitiba Rafael Greca (PMN), durante evento de campanha
O candidato a prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN), durante evento de campanha

Um deslize do principal concorrente à Prefeitura de Curitiba marcou a reta final da campanha na capital paranaense e abriu uma disputa pela vaga no segundo turno.

Líder das pesquisas, o ex-prefeito Rafael Greca (PMN) afirmou, durante uma sabatina dez dias antes da votação, que já "vomitou com cheiro de pobre"

"Eu nunca cuidei dos pobres, eu não sou são Francisco de Assis. Até porque a primeira vez quer tentei carregar um pobre e pôr dentro do meu carro, eu vomitei por causa do cheiro", disse ele.

A frase foi bombardeada em redes sociais e aplicativos de celular e explorada em programas eleitorais.

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (1º) mostrou queda de Greca, de 52% para 35% dos votos válidos. O atual prefeito, Gustavo Fruet (PDT), marcou 22%, enquanto Ney Leprevost (PSD) ficou com 17%.

Greca, que foi prefeito na década de 1990, pediu desculpas pela declaração polêmica e disse que suas declarações foram descontextualizadas. Mas a campanha sentiu o golpe. Antes da gafe, o candidato tinha a possibilidade de vencer em primeiro turno.

Com apelo à nostalgia, Greca promete restaurar a Curitiba que virou modelo de urbanismo na época de Jaime Lerner, a quem sucedeu na prefeitura (hoje, estão rompidos politicamente).

O apoio do grupo político do governador Beto Richa (PSDB) ajudou a alavancar sua candidatura, com tempo de televisão e estrutura financeira.

A baixa aprovação do atual prefeito também explica o crescimento de Greca. Fruet enfrentou queda de repasses estaduais e federais, em meio à crise econômica.

Parte da população curitibana se queixa de que ele não fez grandes obras e desintegrou o transporte coletivo -hoje, a passagem de quem embarca na região metropolitana é mais cara do que na capital.

Mais conhecido entre os sete candidatos que disputam contra o pedetista, Greca cresceu e capitaneou o espaço da oposição.

Fruet e Leprevost lutam pela segunda colocação no pleito. Maria Victória (PP), filha do ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o deputado estadual Requião Filho (PMDB), filho do senador Roberto Requião, vêm mais atrás.

Em resposta a quem o acusou de insensibilidade com a frase sobre os pobres, o ex-prefeito acusou os adversários de "desespero" e disparou vídeos em celulares e redes sociais dizendo que "as ações deveriam falar mais alto que as palavras".

Uma imagem do candidato abraçando um morador de rua abre a montagem.

Greca também é acusado de ter furtado peças de um museu municipal quando era prefeito, conforme mostrou reportagem da Folha. Ele nega e diz ter apenas heranças de família.

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