Publicidade
Publicidade
Publicidade

Fortaleza terá segundo turno com Roberto Cláudio e Capitão Wagner

O prefeito Roberto Cláudio (PDT) passou para o segundo turno com 40,8% dos votos válidos. O adversário na próxima etapa será o candidato Capitão Wagner (PR) que conseguiu 31,1% dos votos válidos. Os resultados já eram previstos nas últimas pesquisas de intenção de voto.

O segundo turno divide as influências políticas da cidade em campanha polarizada. De um lado, Roberto Cláudio, que teve a segunda campanha com mais dinheiro no Brasil, é apoiado pelos ex-ministros Ciro e Cid Gomes. De outro, Capitão Wagner aparece ao lado de duas lideranças políticas no Ceará, os senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB).

Para Roberto Cláudio, o resultado surpreendeu positivamente. "Para a nossa boa surpresa, encerramos melhor do que qualquer pesquisa por aí. Do mesmo jeitinho que a gente começou, falando manso, respeitando o povo, mostrando o que fizemos e o que vamos fazer é que vamos continuar adiante. Agora o debate vai ficar mais claro. Não vai ter mais personagem, jogo publicitário", disse Roberto Cláudio.

O adversário Capitão Wagner tentou tirar um pouco da imagem de policial. Na pesquisa Datafolha divulgada em 25 de setembro, 44% dos entrevistados disseram que ele era o candidato mais autoritário. "Quem acha que vai encontrar um candidato autoritário e arrogante, não vai encontrar aqui. Vai encontrar aqui um candidato popular", afirmou Wagner à imprensa local, no discurso da vitória em seu comitê.

A candidata do PT, Luizianne Lins, apareceu em terceiro lugar com 15% dos votos válidos. Esta é a primeira vez que a petista é derrotada nas urnas em disputa pela Prefeitura de Fortaleza. Em 2004, ela venceu no segundo turno e conseguiu se reeleger no primeiro turno em 2008. Ela e seu vice Elmano de Freitas não compareceram ao comitê e também não deram entrevistas à imprensa. Em nota no Facebook, Luizianne agradeceu os 193,6 mil votos recebidos. "Infelizmente, Fortaleza presenciou a reprodução da velha política, baseada no discurso do medo e força", escreveu.

O quarto lugar ficou com o deputado estadual Heitor Férrer, com 7%. Ele pediu privacidade, mas marcou coletiva para hoje pela manhã na Assembleia Legislativa do Ceará. Os outros cinco candidatos juntos tiveram 6% dos votos válidos.

CAPITÃO AMÉRICA
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, 281 urnas foram substituídas e houve 60 ocorrências em todo o estado. Entre os crimes, foram registrados compra de votos, boca de urna e propaganda irregular. O caso que mais chamou a atenção foi a proibição de uso de camiseta azuis com o símbolo do super-herói estadunidense Capitão América.

No último sábado (01) decisão liminar do juiz José Krentel entendeu que a confecção da camiseta seria uma infração da legislação por ter símbolo que remete claramente a uma coligação. Na 113ª zona eleitoral, a juíza Andrea Mendes ordenou que eleitores com a camiseta não poderiam votar. Pela manhã, uma primeiro sargento foi presa e levada à Polícia Federal por fazer uso da vestimenta. Mais tarde ela foi liberada e a advogada argumentou que a proibição não havia sido amplamente divulgada.

O promotor Marcus Renan, plantonista na Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), deu voz de prisão à policial militar. "Ela estava na ativa, dentro da Secretaria de Segurança Pública. Vamos nos reunir para decidir o que fazer no segundo turno e obter um consenso entre nós promotores sobre essas particularidades envolvendo policiais militares que estavam trabalhando em favor de uma candidatura", diz.

Ele informou ainda que haverá reunião nesta segunda (03) para saber como prosseguir. Segundo Marcus Renan, houve ainda mais dois casos envolvendo policiais, uma tenente e um subtenente. "Recebemos várias reclamações sobre esse comportamento. Mas só amanhça vamos apurar quantas intercorrências, de fato, tivemos envolvendo policiais militares", afirmou.

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade