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Crivella diz que não pretende fazer acordo com PMDB no 2º turno no Rio

Vanderlei Almeida/AFP
O senador Marcelo Crivella (PRB), candidato a prefeito do Rio, deixa a seção eleitoral em Copacabana
O senador Marcelo Crivella (PRB), candidato a prefeito do Rio, deixa a seção eleitoral em Copacabana

O senador Marcelo Crivella (PRB), 58, que chegou em primeiro lugar no primeiro turno da eleição para a Prefeitura do Rio, comemorou o resultado em coletiva de imprensa na noite deste domingo (2), e afirmou que, para vencer no segundo turno, pretende fazer um amplo acordo de alianças, mas sem o PMDB.

O candidato peemedebista, Pedro Paulo, ficou fora do segundo turno, em terceiro lugar, com 16,12%.

"Não conversei com eles [PMDB] e não tenho a intenção. Com os quadros políticos atuais do Rio, acho que não converso. Eu aceito os votos [do eleitor do Pedro Paulo], mas não farei acordos sobre cargos, posições de governo, isso não há hipótese", disse o candidato, que criticou o PMDB durante sua campanha.

Crivella evitou responder quais partidos procurará, dizendo apenas que conversará com todos. "Vamos conversar com todos, procurar todos. Acho que a população do Rio entende que política se faz com alianças."

O senador vai disputar o segundo turno com Marcelo Freixo (PSOL), 49. Questionado sobre quais vantagens teria sobre Freixo, citou os dez pontos que os separaram no resultado deste domingo. "Seria indelicado [citar vantangens]. Estou com 28% e ele, com 18%. Essa é a maior vantagem que eu poderia pedir a Deus."

Para vencer, Crivella disse que vai concentrar esforços nas zonas oeste e norte da cidade, que têm mais votos e são mais carentes.

REJEIÇÃO

Na véspera da eleição, segundo o Datafolha, o índice de rejeição de Crivella aumentou, foi de 25% para 31%, enquanto o de Freixo se manteve estável (de 11% para 12%).

Crivella minimizou a desvantagem. "Não é uma rejeição de veemência, é de preconceito. Temos certeza de que vamos suplantá-la", disse, em referência à sua relação próxima com a Igreja Universal de Reino de Deus.

Crivella foi bispo e é sobrinho do bispo Edir Macedo. Sobre a presença da religião em um eventual governo seu, Crivella afirmou que a igreja não terá qualquer papel. "O Estado é laico", repetiu três vezes o candidato.

Outro aspecto de sua campanha que havia gerado rejeição a ele é a associação com o ex-governador Anthony Garotinho. Crivella fez aliança com seu partido, o PR.

"Essa é uma hipótese que 'O Globo' defendeu, mas não tem sentido, o Garotinho tem outros objetivos. Era mais fácil Pedro Paulo ter Eduardo Cunha como seu secretário de Fazenda, se ele tivesse chegado ao segundo turno."

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