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Eleito, Doria quer elevar velocidade das marginais e privatizar equipamentos públicos; veja propostas

Eleito no primeiro turno com 53% dos votos, o próximo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) defendeu durante sua campanha reduzir o tamanho da máquina da Prefeitura de São Paulo, diminuindo o número de secretarias e privatizando equipamentos públicos.

O tucano também afirmou que reverterá programas que foram bandeira da administração do prefeito Fernando Haddad, como a redução dos limites de velocidade das marginais e o programa Braços Abertos, voltado para a Cracolândia.

Relembre suas principais propostas:

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Velocidades das marginais

Segundo o prefeito eleito, uma de suas primeiras medidas quando sua gestão começar será aumentar de volta os limites de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros, que foram reduzidos pela gestão de Fernando Haddad (PT).

A Prefeitura petista afirma que a medida diminuiu a quantidade de acidentes em 39% e melhorou o trânsito, mas o tucano atribui as mudanças à diminuição no número de veículos em circulação por conta da crise.

"Não sou contra a redução de velocidade, mas é preciso olhar ponto a ponto para que haja fluidez." Para ele, a medida não aumentará o número de acidentes.

Redução do número de secretarias

O tucano prometeu "enxugar" a prefeitura, extinguindo secretarias dedicadas a minorias como a de Política para Mulheres, a de Promoção da Igualdade Racial e a da Pessoa com Deficiência.

Criticados pelos outros candidatos e por movimentos sociais –inclusive pela militância negra do PSDB Doria afirmou que vai manter as políticas públicas para esses grupos, mas sem as pastas.

Privatizações e concessões

Um dos pontos centrais do programa de João Doria é a privatização e concessão à iniciativa privada de equipamentos públicos. Ele diz que só manterá "o essencial" no Estado.

O tucano afirmou que fará concessões do estádio do Pacaembu e do Autódromo de Interlagos. Também disse que fará parcerias público-privadas para fazer a manutenção de parques, ciclovias e corredores e terminais de ônibus.

Doria diz que em alguns dos casos, como o das ciclovias e dos parques, as empresas seriam remuneradas por meio de exploração publicitária.

Cracolândia

Doria disse que acabará com o programa Braços Abertos, da gestão Haddad, e que adotará o Recomeço, do governo do Estado, que estabelece a internação obrigatória dos dependentes da droga. "Não dá para imaginar que com renda [o dependente] vá se afastar das drogas. Com renda consomem mais."

O projeto de Haddad contrata dependentes químicos para varrer o bairro e, em troca, dá uma remuneração em dinheiro e garante hospedagem em hotéis da região. Segundo um levantamento independente da rede de ONGs Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD), dois terços dos participantes do programa reduziram o consumo de drogas.

Hospitais de madrugada

Doria prometeu zerar as filas de exames dos SUS (Sistema Único de Saúde) por meio de um convênio para que a população possa usar hospitais privados de madrugada. Segundo a proposta, a prefeitura pagaria para usar as instalações em períodos ociosos, das 20h às 8h.

"Com o Corujão da Saúde, vamos contratar o horário noturno dos hospitais particulares, para atender quem está há meses esperando na fila para exames. Dá para fazer porque, das 8h da noite às 8h da manhã, os equipamentos desses hospitais estão disponíveis", afirma Doria.

O vice-presidente do PSDB classificou a proposta como uma "fantasia". Segundo ele, os custos da iniciativa são elevados e irreais para as contas da prefeitura de São Paulo.

Outros críticos pontuaram que os horários são inconvenientes para os pacientes e que a prefeitura não teria como garantir o transporte e a segurança dessas pessoas.

Ruas musicais

Na área da cultura, o prefeito eleito prometeu desenvolver as "Ruas Musicais de São Paulo", um projeto que implantou quando foi presidente da Paulistur na gestão Mário Covas (1983-1986). A ideia consiste em promover eventos de estilos específicos em ruas da cidade.

" Vamos resgatar uma iniciativa que já desenvolvemos na década de 1980 (na presidência da Paulistur, de 1983 a 1986, na gestão Mário Covas), com ruas dedicadas a estilos de música brasileira de raiz, como a Rua do Choro, a Rua do Samba, Rua do Forró, Rua do Carnaval, Rua do Sertanejo, em diferentes bairros da cidade e de acordo com as características da população e o que ela deseja como manifestação cultural", afirmou Doria.

Ele também prometeu abrir um "museu da biodiversidade" na sede do Jockey Club, no Butantã.

'Indústria da multa'

Prometendo acabar com a "indústria da multa", Doria afirmou que irá evitar que agentes da Guarda Civil Metropolitana apliquem multas de trânsito, sem detalhar no plano de governo exatamente qual seria a restrição para que os policiais atuem na função. A GCM, diz ele, "vai voltar a proteger o patrimônio público, as escolas e as unidades públicas de saúde".

Escolas com tecnologia e creches

Durante a campanha, Doria disse que não vai construir mais creches, mas estabelecer parcerias com organizações sociais para aumentar o número de vagas.

Ele ainda prometeu levar tecnologias como tablets, lousas digitais e internet wi-fi às escolas do sistema municipal.

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