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Haddad gasta mais que Doria por voto recebido

Danilo Verpa/Folhapress Ricardo Bastos/Folhapress
Prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o atual mandatário da capital, Fernando Haddad (PT)
Prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), e o atual mandatário da capital, Fernando Haddad (PT)

O balanço parcial dos gastos de campanha aponta que os votos recebidos pelo prefeito Fernando Haddad (PT) em São Paulo "custaram" mais do que os recebidos pelo vencedor, João Doria (PSDB).

A conta considera a divisão das despesas informadas à Justiça Eleitoral e o número de votos obtidos nas urnas.

Para cada voto recebido, Haddad, que ficou em segundo e não conseguiu a reeleição, gastou R$ 13,06, enquanto Doria despendeu R$ 4,53.

Haddad declarou R$ 12,6 milhões e recebeu 967,2 mil votos (16,7% dos válidos), enquanto Doria informou R$ 14 milhões e foi escolhido por 3,1 milhões de eleitores (53,3% dos votos válidos).

O levantamento foi feito com base nos relatórios financeiros entregues pelos candidatos e processados pela Justiça Eleitoral até a noite de terça (4). As informações podem ter sido retificadas depois –o sistema é atualizado somente uma vez ao dia.

Os candidatos Levy Fidelix (PRTB), Altino (PSTU) e Henrique Áreas (PCO) ainda não haviam declarado despesas.

Dos que fizeram declarações parciais, a campanha mais cara em relação ao desempenho nas urnas foi a de João Bico (PSDC), que gastou R$ 23,86 por cada um dos 6.006 votos. A mais barata foi a de Major Olimpio (SD), R$ 0,11 por cada um dos 116,9 mil votos recebidos.

No total, os oito candidatos declararam R$ 35,7 milhões em despesas, mas o custo da campanha paulistana ainda pode crescer. A prestação de contas definitiva deve ser entregue pelos candidatos à Justiça Eleitoral até o dia 1º de novembro.

CUSTO DO VOTO EM SÃO PAULO

BRASIL

Em todo o país, o custo do voto entre os prefeitos eleitos no primeiro turno varia de menos que um centavo a mais de cem reais.

O maior gasto de campanha sob esse critério, segundo os balanços parciais, foi o de Flori Binotti (PSD), de Lucas do Rio Verde (MT). Para cada um dos 14.408 votos recebidos, o empresário gastou R$ 104,40.

Ele derrotou o atual prefeito, Otaviano Pivetta (PSB), que tentava a reeleição e gastou R$ 17,18 proporcionalmente, mas teve os 14.166 votos invalidados devido a pendências jurídicas.

Na outra ponta da lista, 13 políticos declararam à Justiça gastos parciais que, divididos pelos votos que os fizeram vencer a eleição, resultam em valor arredondado inferior a R$ 0,01.

Ao todo, 493 prefeitos eleitos ainda não declararam gastos.

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