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Horário eleitoral do Rio reestreia com mesa redonda de Crivella e foco na biografia de Freixo

Divulgação
Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), candidatos que disputam o segundo turno no Rio de Janeiro
Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), candidatos que disputam o segundo turno no Rio de Janeiro

Na estreia da propaganda eleitoral gratuita do segundo turno à Prefeitura do Rio na televisão, os candidatos Marcello Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) optaram por estratégias distintas.

Enquanto Crivella, que liderou a votação na cidade, apostou em uma mesa redonda com jovens para falar de algumas de suas propostas, o programa de Freixo focou em sua biografia e apoios à campanha de nomes como Caetano Veloso, Chico Buarque e Wagner Moura.

A campanha teve início nesta segunda-feira (10), com cada candidato tendo direito a 10 minutos de programa.

Inicialmente, as duas campanhas argumentaram ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que o tempo determinado seria muito longo, o que geraria aumento de custos. O Tribunal, no entanto, nem chegou a receber pedidos formais para redução do tempo à metade, como era o desejo de ambos os concorrentes.

Em uma roda de conversa com dez jovens cariocas, Crivella reforçou programas que defendeu em debates na televisão.

Ele falou da mudança de perfil da Guarda Municipal, que seria usada não mais na repressão ao comércio informal, mas na segurança pública, atuando na saída de estações de metrô e trens.

Uma jovem negra contou ter sido vendedora ambulante e reclamou da repressão. "É preciso que a prefeitura organize os locais de venda e que a guarda não seja usada só para reprimir o camelô", disse o candidato.

Crivella estava sentado ao lado de seu candidato a vice, o engenheiro Fernando Mac Dowell, que não falou em nenhum momento. O ex-ministro da Pesca usava uma camiseta polo azul e calças caqui.

Ele reforçou o programa chamado "Zona Franca Social", por meio do qual a prefeitura encomendaria a trabalhadores de comunidades carentes a produção de uniformes escolares e dos garis, além de roupas de cama para os hospitais e postos de saúde. Nesse modelo também haveria isenção de impostos para negócios em favelas.

Uma empreendedora contou que sua pequena empresa de reforma de casas em favelas não foi para frente por falta de encomendas da prefeitura, que dava preferência a grandes construtoras em detrimento de empresas locais.

"Temos que baixar os impostos, e até retirá-lo se for necessário, para desenvolver esses negócios", disse Crivella.

Ele conversou também com uma designer de moda, que tinha dificuldades para colocar sua marca de pé. "Vamos criar o agente comunitário de empreendedorismo. A Rio Negócios [agência de fomento da prefeitura] precisa estar voltada para desenvolver esses negócios também".

O único momento em que o ex-ministro da Pesca falou de sua biografia foi para lembrar do seu tempo como missionário na África, nos ano 1990, onde viveu por dez anos ao lado de seus três filhos e sua esposa.

CONCORRENTE

Freixo usou o primeiro dia de propaganda para se apresentar ao eleitor. Ele, que teve 11 segundos de propaganda no primeiro turno, tentou passar romper com a imagem de radical de esquerda.

A mensagem que tentou passar é de uma cidade que respeita o cidadão, principalmente nos serviços públicos. "Vamos ter um Rio com mais democracia e com saúde pública funcionando com dignidade e respeito à população", disse.

Sem citar diretamente os ataques que vem recebendo nas redes sociais, Freixo disse que "o amor vai vencer o medo".

O início da propaganda mostrou o dia de votação no primeiro turno, registrando o caminho do candidato até a urna e também depois, no comício que organizou na Lapa, centro do Rio, para a comemoração pelo segundo turno.

Em trecho biográfico narrado pela voz do ator Wagner Moura, a campanha lembrou que Freixo foi o deputado estadual que presidiu a CPI das Milícias, que inspirou o filme Tropa de Elite 2. Mostrou Freixo como um homem casado, com dois filhos e uma cachorrinha.

Artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque, Fernanda Abreu, Teresa Cristina, Paulinho Moska, Geraldo Júnior e os MCs Júnior e Leonardo cantaram o jingle da campanha.

A campanha usou material já divulgado nas redes, em que Freixo apresenta sua equipe de campanha, entre eles a economista Laura Carvalho, colunista da Folha, e o coronel Ibis Pereira, que foi comandante interino da PM do Rio.

A campanha falou em "liberar o rio dos corruptos", pediu dinheiro para a cidade "não ficar na mão dos poderosos", disse que irá reduzir a passagem do transporte público e que será uma cidade menos intolerante.

"Vamos ter a chance de nos conhecer melhor. Vamos vencer o medo, vencer a intolerância. Queremos um Rio com mais democracia e com saúde pública funcionando. O amor vai vencer o medo", disse Freixo.

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