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Crivella repete discurso de Cabral e Paes de proximidade com governo federal

Yasuyoshi Chiba - 19.ago.2014/AFP
O senador Marcelo Crivella, candidato a prefeitura do Rio pelo PRB e bispo licenciado da Igreja Universal
O senador Marcelo Crivella, candidato a prefeitura do Rio pelo PRB e bispo licenciado da Igreja Universal

O senador Marcelo Crivella (PRB) passou a adotar discurso semelhante ao usado nas campanhas do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e do prefeito Eduardo Paes (PMDB) para conquistar a Prefeitura do Rio.

Para mostrar isolamento de Marcelo Freixo (PSOL), adversário na disputa, o senador começou a defender "união com o governo federal".

"O Freixo começou a campanha dele dizendo: 'Fora Temer'. [...] Preciso trazer recursos na saúde, na educação. Como vou fazer isso sem o governo federal? Sou a favor da união. Precisamos ter união com o governo federal para ajudar a cidade do Rio de Janeiro", disse Crivella.

O discurso se assemelha à campanha de Paes em 2008 e 2012, e de Cabral em 2010, que defendiam o bom relacionamento entre os governos federal, estadual e municipal.

O ex-governador aliou-se ao ex-presidente Lula no segundo turno da eleição de 2006. Naquele momento, decidiu apoiar o petista para se desvincular da família Garotinho, que apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) naquela eleição presidencial.

Crivella reivindica para si um papel no acordo. Diz que o peemedebista apoiou o petista sob a condição de contar com o senador no segundo turno contra Denise Frossard (PPS) na disputa pelo governo estadual. E usa o caso como exemplo para justificar as alianças que vêm fazendo no segundo turno.

"Apoiei o Cabral no primeiro governo porque achava que o Rio precisava de um governo de união de forças, que trouxe muitas coisas boas para nós. Depois foi um desalento, com episódios de corrupção que a todos envergonharam", afirmou o senador.

Ele diz rejeitar o apoio do PMDB, mas abriu espaço para alianças com vereadores da sigla. Ele afirma ter recusado o apoio de peemedebistas "que estão no Lava Jato, no mensalão, no petrolão". "Não são todos no PMDB. Há muita gente boa no PMDB."

A intenção de Crivella é atrair eleitores desses políticos e isolar Freixo. Ele vem tentando apontar uma eventual gestão do PSOL como frágil do ponto de vista político.

"É melhor eu ganhar por um voto com uma ampla aliança, do que ganhar sozinho com dois milhões de votos [de diferença]. Ninguém governa sozinho. Se não houver alianças, o que faz o prefeito? Não faz nada."

O senador já recebeu o apoio do adversário derrotado Índio da Costa (PSD) e articula apoio de Carlos Roberto Osório (PSDB). O tucano defendeu neutralidade, mas orientou seus eleitores a não votarem em Freixo. Posição semelhante tem Flávio Bolsonaro (PSC). Pedro Paulo (PMDB), apoiado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) não foi procurado por Crivella.

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