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Filho de Lula não se reelege vereador em São Bernardo e quer tentar a Câmara em 2018

Reprodução/Facebook
Da esquerda para a direita, o prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, o vereador Marcos Lula, Marisa Letícia, Tarcisio Secoli, e Lula - https://www.facebook.com/marcoslula/photos/a.510898592271062.127392.508959905798264/1356281931066053/?type=3&theater
Da esquerda para a direita, o prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, o vereador Marcos Lula, Marisa Letícia, Tarcisio Secoli e Lula em campanha

Na esteira da derrota petista nas eleições municipais deste ano, o filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se reelegeu vereador pelo partido em São Bernardo do Campo. Ainda assim, Marcos Cláudio Lula da Silva, 45, planeja lançar-se deputado federal em 2018 segundo a Folha apurou.

Marcos perdeu mais da metade dos 3.882 votos recebidos em 2012, terminando com 1.504 eleitores. Em nota, o vereador afirmou que "o saldo negativo é reflexo de uma campanha de ódio contra o Partido dos Trabalhadores". Disse ainda que irá "fiscalizar o novo governo e garantir que as conquistas da cidade de São Bernardo nos últimos anos não sofram retrocesso".

No berço do PT e dos movimentos sindicais liderados por Lula, a bancada de petistas foi reduzida de oito para cinco vereadores –Marcos foi um dos que perdeu o posto, apesar dos esforços do pai.

Lula doou cerca de 45% do valor que Marcos arrecadou para a campanha –R$ 50 mil de um total de R$ 112,3 mil. O restante da família também se envolveu: Marisa Letícia, mãe do vereador, contribuiu com R$ 1 mil, mesmo valor dado pelo irmão Sandro Luis.

Os irmãos Fábio Luis e Luis Cláudio contribuíram com R$ 5 mil e R$ 500, respectivamente. Paulo Okamotto, presidente do instituto Lula, fez uma doação em valor estimado de R$ 2,5 mil. Outros familiares dele repassaram mais R$ 700.

Um dia antes da eleição, Lula participou de caminhada com o filho e o candidato do PT a prefeito de São Bernardo do Campo, Tarcisio Secoli, que não chegou ao segundo turno. O ex-presidente também gravou um vídeo para a campanha de Marcos.

A terceira maior doação ao vereador veio da campanha de Tarcisio: R$ 5,9 mil em material de propaganda. Também em contribuição estimada, o diretório do PT na cidade deu R$ 340 ao candidato.

O partido perdeu sua hegemonia na Câmara para o principal rival, o PSDB, que elegeu sete vereadores –hoje tem apenas três. Os tucanos foram ao segundo turno com o deputado estadual Orlando Morando, que disputa a prefeitura com o deputado federal Alex Manente (PPS). Cientes dos prejuízos eleitorais, ambos buscam se desvincilhar do petismo e colar o partido ao adversário.

NOVA CÂMARA

Dos 28 vereadores na Câmara da cidade, 12 serão novatos. O PT comemorou ao menos a eleição de uma mulher, Ana Nice, em meio a um Legislativo composto exclusivamente por homens.

Formado em psicologia e artes gráficas e plásticas, Marcos tentou eleger-se vereador em 2008, mas teve o registro de candidatura negado pela Justiça Eleitoral. A Constituição proíbe a eleição de parentes até segundo grau de quem exerça o Poder Executivo –Lula era presidente da República à época.

Naquele ano, o PT elegeu Luiz Marinho prefeito em São Bernardo, e Marcos foi convidado a ocupar o cargo de diretor de Turismo e Eventos da gestão.

Em 2012, ano da reeleição de Marinho, Marcos foi apenas o sétimo petista mais votado, tendo sido eleito graças aos votos recebidos por outros vereadores e pelo partido.

Ele é filho do primeiro casamento de Marisa Letícia e foi adotado legalmente por Lula. Em sua página na Câmara, lembra sua juventude convivendo com o movimento sindical no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e ajudando os pais em campanhas petistas desde 1982.

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