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Confira entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Jundiaí (SP)

A Folha entrevistou os dois candidatos que disputam, no segundo turno das eleições, a Prefeitura de Jundiaí, no interior de São Paulo.

Pedro Bigardi (PSD), o atual prefeito, ficou em segundo lugar no primeiro turno, com 26,69% dos votos válidos.

Luiz Fernando Machado (PSDB), deputado estadual, quase conseguiu ser eleito já na votação do dia 1° de outubro, com 47,02% dos votos válidos. Faltaram menos de três pontos percentuais para conseguir a vitória.

Em uma cidade onde não há geradora de televisão local, os candidatos apostam nos debates, que acontecem em várias instituições da cidade, para angariar votos.

Confira:

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LUIZ FERNANDO MACHADO
Partido: PSDB
Idade: 39
Ocupação: deputado estadual
Primeiro turno: 47,02% dos votos válidos (94.388)

FOLHA - O sr. tem falado muito de saúde em sua campanha, criticando o atual prefeito. É o único problema da cidade?
LUIZ FERNANDO MACHADO - É o principal problema. A qualidade dos serviços públicos oferecidos é muito ruim, há casos de espera de 48 meses para consultas com especialistas. E é uma secretaria com receita alta, de R$ 380 milhões, isso não pode acontecer. Algumas especialidades demoram 20 meses, tempo muito alto, o mesmo tempo, aliás, de pessoas que aguardam próteses auditivas.

O sr. arrecadou o triplo do valor obtido pelo seu adversário (R$ 1,45 milhão), além de ter feito investimento próprio de quase R$ 300 mil. Por quê isso ocorreu?
O novo regramento [eleitoral] deu a consciência de que era preciso reduzir custos, que os partidos ajudassem, com o fundo partidário, e que houvesse controle dos gastos. E [sobre os valores arrecadados] houve sentimento que não era para continuar [o atual governo], e o PSDB nos ajudou, fazendo aporte na campanha. Há clareza que os tempos mudaram e foram positivos.

*

PEDRO BIGARDI
Partido: PSD
Idade: 56
Ocupação: prefeito
Primeiro turno: 26,69% dos votos válidos (53.576)

FOLHA - Seu rival esteve muito perto de vencer no primeiro turno. Como reverter essa desvantagem até dia 30?
Estive muito envolvido no primeiro turno com o próprio governo, o que me atrapalhou muito. E outro candidato, o Ricardo [Benassi, PPS, 21,85% dos votos válidos], dividiu votos comigo. Agora, estou indo onde não fui, com muito visual, muita atividade de presença de campanha, correndo atrás do eleitorado do Ricardo e buscando a reversão de votos do Luiz, que tem uma candidatura mais frágil.

A trajetória histórica do sr. no PT o atrapalhou?
Não avaliamos isso. As pessoas me veem, me conhecem, atuei em movimentos sociais. As pessoas me veem menos como político e mais como pessoa. Acho que o problema foi a falta de campanha nas ruas. Achamos que o que fazíamos no governo daria para atrair votos, mas não deu. Agora, vemos uma mudança clara no sentimento das pessoas.

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