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Erro em sistema da Fazenda multiplica dívida de empresa de Kalil, candidato em BH

Amira Hissa/Divulgação
16.09.2016 Alexandre Kalil visita Barro Preto Bairro que abriga um dos principais polos de moda do país, com 2500 lojas e aproximadamente 700 confecções, o Barro Preto recebeu Alexandre Kalil na manhã desta sexta-feira, 16. O candidato à prefeitura de Belo Horizonte pela Coligação Pra BH Funcionar (PHS, Rede e PV) e o vice, o deputado estadual Paulo Lamac (Rede) caminharam com representantes de entidades empresariais da região e lojistas e ouviram pedidos de atenção ao bairro e ao comércio na capital. Foto: Amira Hissa/Divulgacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Alexandre Kalil (PHS) visita Barro Preto, em Belo Horizonte

Um erro no sistema da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional multiplicou por 100 a dívida de FGTS da Erkal Engenharia, empresa do candidato à Prefeitura de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PHS). Os valores incorretos foram usados pelo adversário João Leite (PSDB) em ataques em dois debates e nos programas eleitorais.

Até a sexta-feira (21), a lista de devedores da Procuradoria apontava que a dívida da Erkal com a Fazenda Nacional era de R$ 148 milhões –R$ 132 milhões só de FGTS.

Nesta segunda (24), no entanto, o valor que aparecia no site era de R$ 17 milhões. A dívida correta de FGTS era de R$ 1,3 milhão. O erro foi reconhecido à Folha pela Procuradoria, que disse ter havido um "incidente na lista de devedores".

"O erro foi constatado na própria sexta, a lista foi retirada do ar e posteriormente recolocada, com a correção", informou o órgão, em nota.

No segundo turno da eleição, a campanha de João Leite tem recorrido ao tema das dívidas de Kalil para tentar desgastar o concorrente. A "dívida de R$ 140 milhões" foi citada no programa eleitoral desta segunda e em dois debates.

No último, da TV "Record", Kalil negou o débito e disse que a empresa não tinha porte para dever essa quantia de dinheiro.

Procurado, o coordenador da campanha do ex-cartola, Gabriel de Azevedo, afirmou que fica "surpreso com a atitude do candidato João Leite no segundo turno em relação ao primeiro".

"Ele disse que ia se pautar em propostas e só fala em Kalil, deve ser por causa do resultado desfavorável a ele nas pesquisas", disse.

Já a campanha de João Leite afirma, em nota, que "o fato de a PGFN ter refeito seus cálculos sobre a dívida de Alexandre Kalil não altera a denúncia". Também informa que as afirmações foram baseadas em documentos públicos.

"Não se trata de uma discussão de ordem de grandeza de números. O importante é destacar que é inaceitável e moralmente indigno um candidato ser milionário, ter carrões, motos de luxo e vários imóveis e não recolher o FGTS de seus funcionários, bem como estar até mesmo condenado à prisão em primeira instância por não repassar o INSS deles à Previdência", diz a campanha tucana. Kalil recorre da sentença em relação ao repasse de INSS e dito que não comenta o processo.

João Leite esteve à frente de todas as pesquisas de intenções de votos no primeiro turno e chegou ao segundo turno à frente, mas o último levantamento do Ibope apontou Kalil com 41% das intenções de votos contra 35% dos tucanos.

No primeiro turno, uma juíza decretou falência da Erkal Engenharia por causa de uma dívida de R$ 88 mil, mas a decisão foi suspensa.

Além dos R$ 17 milhões em débito com a Fazenda Nacional, a Erkal tem cerca de 2.000 títulos protestados em cartórios da capital mineira, inclusive com a própria prefeitura.

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