Publicidade
Publicidade
Publicidade

Derrota de aliado deve dificultar cenário para Renan em Alagoas

Reprodução/Facebook/Cícero Almeida 15
O governador de Alagoas Renan Filho junto com Cícero Almeida (candidato em Maceió) ORG XMIT: 2cFL334XxFc6IUx_4vRD ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
O governador de Alagoas, Renan Filho, ao lado do aliado Cícero Almeida, candidato peemedebista em Maceió

A provável derrota para a Prefeitura de Maceió (AL) do candidato Cícero Almeida (PMDB) deve reduzir a força do grupo político do senador Renan Calheiros e do governador Renan Filho, ambos do PMDB, para as eleições para o governo em 2018.

O prefeito Rui Palmeira (PSDB), candidato à reeleição, lidera na capital alagoana com 67% dos votos válidos contra 33% de Almeida, aponta pesquisa Ibope divulgada na última semana.

Caso a vitória folgada seja concretizada, será mais um revés para o grupo de Renan nestas eleições.

No primeiro turno, o PMDB venceu em 38 das 73 cidades que disputou em Alagoas, Mas foi derrotado nas três maiores cidades do interior: Arapiraca, Rio Largo e Palmeira dos Índios.

O resultado acendeu o sinal amarelo no PMDB e em seus aliados no Estado, que preveem uma eleição difícil daqui a dois anos.

A vitória de Rui Palmeira (PSDB) na capital o coloca como candidato natural ao governo do Estado em 2018, quando deve enfrentar nas urnas o atual governador, Renan Filho, filho do presidente do Senado.

Na disputa para senador, sobram pré-candidatos, o que pode dificultar renovação do mandato de Renan Calheiros.

São citados como possíveis candidatos os ex-governadores Teotônio Vilela (PSDB) e Ronaldo Lessa (PDT), o senador Benedito de Lira (PP), o ministro dos Transportes, Maurício Quintela (PR), e o ministro do Turismo, Marx Beltrão (PMDB).

Este último, caso dispute o Senado, deverá migrar para o PSD, partido controlado por aliados dele em Alagoas.

Desde o primeiro turno, o grupo de Renan vem perdendo importantes aliados. Antes da campanha, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) anunciou apoio a Palmeira, resultando num rompimento com Renan Filho.

"Eu decidi apoiar o prefeito, e os Calheiros não aceitaram. Por isso romperam comigo e exoneraram do governo o secretário que era do nosso partido", afirma Lessa.

Neste segundo turno, o PTC, partido do senador Fernando Collor, também declarou apoio ao tucano. Collor foi reeleito para o Senado em 2014 na chapa do atual governador alagoano.

O senador não fala publicamente sobre a disputa. Aliados, contudo, afirmam que Collor quis evitar que a família Calheiros vencesse em Maceió e se tornasse uma força política predominante em Alagoas, assim como os Sarney foram no Maranhão.

Os adversários comemoram as baixas: "Nosso grupo vem se fortalecendo com a adesão de líderes importantes. E a tendência é que a gente marche junto em 2018", diz o deputado federal Pedro Vilela, vice-presidente estadual do PSDB.

DISPUTA ANTECIPADA

Marcada por uma disputa antecipada entre PMDB e PSDB, a campanha eleitoral em Maceió chega à reta final em um clima de acirramento entre dos dois partidos, que no início do ano chegaram a ensaiar uma aliança.

Almeida critica o seu adversário por promessas feitas em 2012 que não foram cumpridas. No horário eleitoral, Palmeira é chamado de "rei das promessas".

No segundo turno, o governador envolveu-se diretamente na campanha na tentativa de impulsionar seu candidato. No horário eleitoral, aparece pedido votos e fala em parcerias com o governo do Estado.

Antes da campanha, o governador lançou um programa de pequenas obras de infraestrutura nas áreas mais pobres da capital alagoana e participou de inaugurações ao lado de Almeida.

Palmeira, por outro lado, afirma ser "ficha limpa" e busca fazer um contraponto com Almeida, que é alvo de inquérito no STF que investiga a contratação supostamente irregular de uma empresa de limpeza pública –acusação negada pelo peemedebista.

Em um debate, a discussão voltou-se para acusações contra o senador Renan, chamado por Palmeira de "campeão de inquéritos da Lava Jato". O tucano ainda afirmou que o senador seria "patrão" do seu adversário.

Terceiro colocado no primeiro turno, com 21,7% dos votos, o deputado federal João Henrique Caldas (PSB) optou por não apoiar nenhum dos adversários, mesma posição adotada pelo PT e pelo PSOL.

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade