Em debate de BH, candidato tucano é questionado se tem Aécio como 'referência moral'
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Os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS) |
No último debate entre os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (28) na TV Globo, Alexandre Kalil (PHS) usou o apadrinhamento do prefeito eleito de São Paulo João Doria pelo governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, para alfinetar o adversário João Leite, também tucano.
Ele questionou se Leite tem o senador Aécio Neves (PSDB) como "referência moral". Kalil, que diz não ser político, tem afirmado que o tucano é parte de um projeto do partido para vencer as eleições de 2018.
João Leite respondeu que seu pai e sua mãe são suas referências. Questionado depois do debate, afirmou que "admira" e foi secretário de Aécio, mas repetiu a fala sobre seus pais.
Em outro momento, Kalil listou pessoas do PSDB ou ligadas ao partido lotadas na Urbel (Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte), órgão da prefeitura.
Já o tucano apostou em repetir que Kalil tem dívidas e que pagou à própria campanha R$ 2,2 milhões, embora seu patrimônio total seja de R$ 2,7 milhões. O ex-cartola diz que vendeu um apartamento para bancar a campanha.
"Vou fazer um cerco em cima de sonegador rico que deve IPTU à Prefeitura de Belo Horizonte", disse Leite, citando o adversário em seguida.
O tucano também disse que o governador Fernando Pimentel (PT) apoia Kalil, o que não é confirmado por nenhum dos dois. O petista está desgastado por causa das investigações da Operação Acrônimo da Polícia Federal, mas nega ter cometido irregularidades.
Alexandre Kalil é empresário, ex-presidente do Atlético-MG e tem vantagem numérica sobre o tucano nas pesquisas, com 52% das intenções de votos válidos, segundo o Datafolha da terça (25).
Já Leite, que tem 48% dos votos válidos, é deputado estadual e também tem relação com o clube –foi o goleiro que mais vestiu a camisa do time, nos anos 1970 e 80.