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Em cenário de empate, PSOL tenta Prefeitura de Belém com apoio do PMDB de Barbalho

Apoiado tacitamente pelo PMDB do senador Jader Barbalho, o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) chega à reta final do segundo turno em Belém como o candidato da esquerda com mais chance de vitória entre as maiores cidades do país.

Em pesquisa Ibope divulgada neste sábado (29), Edmilson tem 49% dos votos válidos e está em empate técnico com o prefeito tucano Zenaldo Coutinho (51%). A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Ex-prefeito de 1997 a 2004, quando era do PT, Edmilson recebeu apoio no segundo turno do candidato peemedebista derrotado Carlos Maneschy, ex-reitor da Universidade Federal do Pará.

Formalmente, o PMDB se declarou neutro, mas Jader tem se mobilizado contra o candidato do PSDB, de olho na sucessão estadual de 2018, quando seu filho Helder, ministro da Integração Nacional, deve disputar o governo. Em 2014, Helder perdeu no segundo turno para o governador Simão Jatene (PSDB), reeleito por diferença de apenas 3,8 pontos percentuais.

O jornal "Diário do Pará", de propriedade da família Barbalho, faz ataques diários a Zenaldo. Somente na edição desta sexta (28), a primeira página estampava quatro chamadas contra o tucano, incluindo a manchete.

À Folha o presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo, afirmou que não houve qualquer tipo de acordo com o PMDB e que o apoio dos Barbalho ocorre pelo antagonismo com o PSDB e por uma disputa comercial entre os diários "Diário do Pará" e "O Liberal", ligado aos tucanos.

"É lógico que uma vitória do Edmilson seria menos ruim para o PMDB, porque enfraqueceria o inimigo imediato deles", afirmou Araújo, em entrevista no comitê de campanha do PSOL. "É uma conjugação de interesses."

No último 19, Zenaldo teve o registro da cassado em primeira instância por ter mantido, na página da Prefeitura de Belém no Facebook, dezenas de vídeos autoelogiosos.

Foi a quarta condenação de Zenaldo por uso da máquina eleitoral, mas nos três processos anteriores houve só aplicação de multa. Sua coligação obteve liminar para participar do segundo turno e recorreu da decisão.

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