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Pulverização de partidos pode atingir recorde

O segundo turno das eleições neste domingo (30) pode marcar uma fragmentação inédita de partidos no comando das principais cidades brasileiras.

Ao final do segundo turno, um total de 17 partidos pode sair vitorioso das urnas em capitais, um expressivo aumento em relação às atuais 10 legendas que estão no comando dessas prefeituras.

Partidos criados nos últimos anos, como a Rede, podem conseguir suas primeiras vitórias municipais de destaque.

Legendas de menor expressão no cenário político nacional, como o PHS, têm grandes chances de eleger um prefeito pela primeira vez em sua história nessas cidades.

Candidatos conhecidos do eleitorado, mas sem espaço em grandes partidos, optaram por siglas nanicas nesta eleição. São os casos de Rafael Greca, que foi prefeito de Curitiba nos anos 1990 pelo PDT e agora está no PMN, e do ex-cartola do Atlético-MG Alexandre Kalil, que estreia na política e se filiou apenas neste ano ao PHS.

Em Vitória, o apresentador de TV e deputado estadual em primeiro mandato Amaro Neto, do Solidariedade, enfrenta no segundo turno seu ex-partido, o PPS.

O PSOL, mesmo sem conseguir participar de debates no início da campanha por causa da diminuta bancada no Congresso, pode conquistar dois dos maiores municípios do país –Rio, onde tem pouca chance, e Belém.

Se vencer em ambas, passará em capitais governadas o PT, partido que abrigava seus fundadores antes de serem expulsos, em 2003.

O PT venceu no primeiro turno em Rio Branco e ainda está na disputa em Recife. Na eleição de 2004, petistas e tucanos venceram ao todo em 14 das 26 capitais.

O fenômeno da fragmentação reflete a expansão do número de siglas pelo país, que também marcou a eleição para vereadores e pequenas prefeituras pelo país.

Além da Rede, ganharam registro no último ano o partido Novo e o PMB (Partido da Mulher Brasileira), que já elegeu três prefeitos.

Das 35 siglas registradas no Tribunal Superior Eleitoral, apenas 4 não conquistaram prefeituras no primeiro turno e 2 –PCO e PSTU– não elegeram candidatos às Câmaras.

Pelo Brasil, somente sete partidos superaram a marca dos 2% dos votos válidos para vereador –o mais votado foi o PMDB.

Uma proposta de cláusula de barreira em discussão no Congresso prevê que os partidos só tenham acesso a fundo partidário e tempo de TV se conseguirem superar os 2% dos votos válidos para deputado federal em 2018, com no mínimo de 2% também em 14 Unidades da Federação.

No primeiro turno, o PMDB também foi o partido que mais fez prefeitos –foram 1.029 eleitos, o equivalente a 18% dos municípios brasileiros. Os tucanos elegeram 790.

REELEIÇÃO

Em meio à crise, a eleição deste domingo também pode registrar a pior taxa de reeleição entre os prefeitos das capitais.

Dos 20 candidatos que buscavam renovar o mandato, 5 foram eliminados já na primeira votação. Ao todo, 7 venceram no primeiro turno e outros 8 ainda estão na disputa no segundo.

A eleição municipal de 2012 teve até aqui o percentual mais baixo de reeleitos em capitais desde que a emenda da reeleição foi aprovada, em 1997. Ao todo, 4 dos 8 prefeitos candidatos acabaram se mantendo no cargo –aproveitamento de 50%.

Em campanhas anteriores, o recorde foi de 95% em 2008.

2º turno nas capitais - Intenções de votos válidos, em %

2º turno no Estado de São Paulo - Intenções de votos válidos, em %

Editoria de Arte/Folhapress
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