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Marcelo Crivella é eleito no Rio com 59,36% dos votos válidos

O senador Marcelo Crivella (PRB) foi eleito prefeito do Rio de Janeiro com 59,36% dos votos válidos. Marcelo Freixo (PSOL), 49, ficou em segundo, com 40,64%.

O resultado mostra uma diferença semelhante ao indicado em pesquisa Datafolha neste sábado (29), quando Crivella tinha 58% das intenções dos votos válidos. A virada esperada pela campanha do PSOL nesta reta final não aconteceu.

O pleito no Rio registra 20,08% de votos brancos e nulos, além de 26,85% de abstenção até este momento da apuração.

Os dados do TSE mostram que Crivella venceu em toda zona oeste e nos bairros da zona norte próximos à Baixada Fluminense. Esta é a área que concentra a população de classe média baixa e pobres. Freixo venceu em quase toda zona sul, mas perdeu em Ipanema.

Crivella assume a prefeitura após duas tentativas frustradas. Em todas as eleições, ele sofreu com a rejeição em razão de sua ligação com a Igreja Universal, da qual é bispo licenciado.

Senador desde 2003, ele foi ministro da Pesca no governo Dilma Rousseff, mas apoiou o impeachment da ex-presidente. Ele também tentou, sem sucesso, duas eleições para o governo do Estado.

O senador centrou sua campanha em contraposição ao canteiro de obras em que se transformou a cidade para a Olimpíada. Em seu slogan, afirmava que "chegou a hora de cuidar das pessoas".

No segundo turno, adotou uma estratégia agressiva para atacar Freixo por suas posições em relação a temas comportamentais, como descriminalização do aborto e das drogas. Também o vinculou à tática black bloc e ao PT, que apoiou o PSOL no segundo turno.

Crivella vence tendo uma aliança desde o primeiro turno com o ex-governador Anthony Garotinho (PR), o que foi alvo de críticas de adversários.

No segundo turno, obteve o apoio do PSD e PSDB, além de vereadores do PMDB. Com apenas quatro vereadores de sua coligação inicial, terá de ceder espaço para ampliar a governabilidade.

Mapa da apuração no Rio de Janeiro

RIVAIS

Rivais de Crivella no primeiro turno, Índio da Costa (PSD) e Carlos Osório foram à festa da vitória do senador e agora prefeito eleito do Rio.

Também estão no evento o presidente estadual do PSDB, o deputado federal Otávio Leite e a deputada federal Clarissa Garotinho (PR), filha do ex-governador Anthony Garotinho.

"O Rio do Crivella vai representar muito mais amplitude, uma aliança grande de ideais de centro. Os eleitores e os políticos ficaram assustados com o 'fora Temer' e de como um possível governo de Freixo iria se comportar junto ao governo federal", disse Índio da Costa.

Otávio Leite afirmou que o PSOL representava a administração do PT. "Foram aliados contra o impeachment. A população não aguenta mais esse tipo de gestão", disse Leite.

Osório e Índio foram saudados pelos populares na porta do clube em Bangu.

"Decidimos pelo apoio porque nossas propostas são convergentes em diversos pontos. Ele cuidará das pessoas e fará gestão técnico-profissional. Ele se comprometeu a manter um estado laico e com preocupação com as minorias", disse Osório.

Osório disse que chegou a ser convidado por Crivella a fazer parte de seu governo, que no momento não tem essa intenção, mas afirmou que o PSDB ainda irá discutir o assunto.

"Nesse momento, meu plano é voltar para a assembleia legislativa para ajudar o Estado que está em situação muito difícil", disse Osório.

Questionados pela reportagem, Índio e Osório disseram não ter acordos para fazer parte do futuro governo de Marcelo Crivella.

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