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Rafael Greca é o novo prefeito de Curitiba

Divulgação
Rafael Greca (PMN) vota em Curitiba, acompanhado da mulher Margarita Sansone e do candidato a vice, Eduardo Pimentel (PSDB).
Rafael Greca (PMN) durante votação em Curitiba, acompanhado da mulher Margarita Sansone e do candidato a vice, Eduardo Pimentel (PSDB)

Vinte e quatro anos depois, o ex-prefeito Rafael Greca (PMN) voltou a ser eleito para a Prefeitura de Curitiba neste domingo (30).

Ele teve 53,25% dos votos válidos, contra 46,75% do deputado estadual Ney Leprevost (PSD).

"Aquele que volta nunca se foi", disse Greca, depois do resultado. "É uma alegria ter vencido e poder voltar a servir a valorosa gente de Curitiba."

O resultado foi considerado uma "virada": depois de terminar o primeiro turno à frente, Greca penou na disputa contra Leprevost, um adversário inesperado, que entrou como azarão e deixou o atual prefeito, Gustavo Fruet (PDT), de fora.

Ao longo do segundo turno, ele aparecia numericamente atrás de Leprevost nas pesquisas, embora em empate técnico. Mudou na última pesquisa Ibope, divulgada no sábado (29). E acabou vencendo a eleição.

Greca disse que irá começar a trabalhar nesta segunda (31), e afirmou que a cidade deve ser "reconstruída".

"Eu fiz uma carreata ontem e saí como de uma luta de MMA; até brinquei que passei Cataflam na barriga, tantos são os buracos nas ruas", disse. "A tarefa vai ser imensa."

A abstenção, somada a votos brancos e nulos, chegou a um patamar recorde de 35%.

"É nosso dever reencantar essas pessoas. São órfãos das antigas bandeiras, que a Lava Jato destruiu, pulverizou", disse Greca, sobre os votos brancos e nulos. Ele afirmou que fará uma gestão "amorosa e preocupada com as pessoas", e que terá o papa Francisco como modelo.

PERFIL

Greca, 60, foi prefeito de Curitiba na década de 1990, quando sucedeu o arquiteto Jaime Lerner, que é referência em planejamento urbano.

Sua campanha foi marcada pelo apelo à nostalgia, com o bordão "Volta, Curitiba" e a promessa de resgatar o orgulho dos curitibanos. Com um discurso voltado à inovação, prometeu casas com energia fotovoltaica e incubadoras para startups.

O ex-prefeito liderou as pesquisas no começo das eleições, e chegou a ter a possibilidade de vencer em primeiro turno. Mas sua campanha perdeu força depois que o candidato afirmou, em sabatina, que "vomitou com cheiro de pobre".

Greca foi ao segundo turno em queda, mas preparou a munição contra Leprevost, que nunca havia disputado uma eleição majoritária.

O adversário, que dizia não ser "nem de esquerda, nem de direita", afirmava que iria fazer "a nova política" e "acabar com mordomias".

Greca questionou sua experiência, sua formação (o deputado graduou-se a distância numa universidade do Tocantins), os negócios de sua família e suas alianças, associando-o até ao comunismo.

O apoio do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que também foi prefeito de Curitiba, deu musculatura e adesões à campanha.

O tucano, que vive fase de baixa popularidade após promover ajustes fiscais e enfrentar confronto entre policiais e professores, sai fortalecido e ganha capital político com a eleição de Greca, cujo vice é Eduardo Pimentel (PSDB), seu ex-assessor.

Em pronunciamento, o candidato derrotado, Leprevost, afirmou que a eleição foi "uma das histórias mais lindas" da sua vida, e desejou "uma excelente gestão" a Greca.

MARINGÁ E PONTA GROSSA

Nas outras duas cidades no Paraná em que houve segundo turno, PDT e PPS saem vitoriosos.

Em Maringá, Ulisses Maia (PDT) teve 58,88% dos votos válidos. Silvio Barros teve 41,12%.

Em Ponta Grossa, Marcelo Rangel Cruz Oliveira (PPS) teve 55,38% dos válidos. Aliel Machado (Rede) recebeu 44,62%.

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