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Alexandre Kalil (PHS) vence em Belo Horizonte

José Marques/Folhapress
Alexandre Kalil (PHS) e a mulher, a arquiteta Ana Laender, ao votar em colégio na área nobre de Belo Hotizonte
Alexandre Kalil (PHS) e a mulher, a arquiteta Ana Laender, ao votar em colégio na área nobre de Belo Hotizonte

O empresário Alexandre Kalil (PHS) foi eleito prefeito de Belo Horizonte, com 53% dos votos válidos. Ele vence a disputa contra o deputado estadual tucano João Leite, que conseguiu 47%, e impõe uma derrota, em casa, ao grupo comandado pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves.

Kalil tem 57 anos e é ex-presidente do Atlético-MG, clube que comandou de 2008 a 2014. Em sua campanha, lançou o slogan "chega de político" e pediu votos de eleitores descrentes com a "má política".

O ex-cartola tem dito que não fará novas construções na cidade, mas que irá "botar para funcionar o que está aí". Apesar de estar no PHS e de ter estreado em campanhas políticas este ano, Kalil já foi filiado ao PSDB e ao PSB.

Ele tinha cerca de 20 segundos de propaganda eleitoral na TV, contra quase três minutos de Leite. No segundo turno, cada um ficou com cinco minutos.

Leite ficou à frente no primeiro turno com 33% contra 26% de Kalil, mas caiu nas pesquisas quando o confronto se limitou a dois candidatos.

Com o resultado, tanto o governo de Minas Gerais quanto a Prefeitura de Belo Horizonte deixam de ser comandadas por um candidato articulado por Aécio. Desde 2009, o prefeito da capital é Marcio Lacerda (PSB), empresário cuja candidatura foi lançada pelo senador tucano (à época, governador de Minas) e também pelo então prefeito Fernando Pimentel (PT), atual governador.

A aliança de Lacerda com o PT durou menos de quatro anos. Já o PSDB continua na gestão municipal –Kalil listou em debate os cargos da legenda na prefeitura para desgastar Leite.

Durante toda a campanha, o prefeito eleito foi questionado por adversários a respeito das dívidas de suas empresas a Erkal Engenharia e a Fergikal.

Juntas, elas devem aproximadamente R$ 18 milhões com a Fazenda Nacional. Na semana passada, elas também tinham cerca de 2.000 títulos protestados nos cartórios da capital mineira.

Criminalmente, Alexandre Kalil já foi condenado na Justiça Federal por apropriação indébita previdenciária. Ele teria deixado de repassar ao INSS contribuições de funcionários. Kalil nega irregularidades e recorre da sentença.

Pela manhã, ele disse que se eleito pediria a órgãos públicos, antes de assumir, para que pessoas sejam retiradas de área de risco antes de janeiro, período de chuvas mais intensas.

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