Em sua quarta tentativa, Duarte Nogueira é eleito prefeito de Ribeirão Preto (SP)
Edson Silva - 5.out.2014/Folhapress | ||
Deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), prefeito eleito em Ribeirão Preto |
Em sua quarta tentativa, o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB), 52, conquistou neste domingo (30) a Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), que governará a partir de 1º de janeiro.
Engenheiro agrônomo de formação, Nogueira obteve 56,94% dos votos válidos neste domingo, à frente do vereador Ricardo Silva (PDT), que alcançou 43,06%.
A eleição deste domingo foi marcada por uma alta abstenção na cidade, que chegou a 27,62% dos eleitores.
Nogueira, aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) –foi secretário de Estado dos Transportes e da Agricultura– chega à prefeitura 24 anos após sua primeira tentativa de comandar o Palácio Rio Branco, sede do governo.
Em 1992, foi derrotado no segundo turno pelo ex-ministro (Casa Civil e Fazenda) Antônio Palocci (PT), hoje preso em Curitiba e denunciado por corrupção na Lava Jato.
Oito anos depois, voltou a disputar a prefeitura, novamente vencida por Palocci. Foi o pior desempenho do tucano, que não atingiu 10% dos votos válidos e ficou em terceiro lugar. O candidato tucano seria o então prefeito, Luiz Roberto Jábali (1937-2004), que desistiu da disputa.
Na última eleição, foi para sua terceira tentativa e enfrentou no segundo turno a hoje impopular prefeita Dárcy Vera (PSD), que obteve a reeleição numa disputa marcada pelo equilíbrio –a diferença foi inferior a quatro pontos percentuais.
Filho do ex-prefeito Antonio Duarte Nogueira (1937-1990), que governou a cidade duas vezes (1969-73 e 77-83), o prefeito eleito está no PSDB desde março de 1999.
Antes de ser tucano, passou por PFL, PTB e PJ, que virou PRN e elegeu em 1989 o ex-presidente Fernando Collor. Para Nogueira, a fase "collorida" foi fruto da empolgação da juventude, que se transformou posteriormente em decepção.
Em toda a campanha, defendeu equilíbrio para superar os problemas da prefeitura, que vive uma crise sem precedentes especialmente após a deflagração da operação Sevandija, que dizimou o primeiro escalão do governo da prefeita Dárcy Vera (PSD).