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Em primeiro ano de Crivella, Rio terá mais despesas e menos receitas que em 2015

Ricardo Borges/Folhapress
Marcelo Crivella comemora vitoria na eleição da Prefeitura do Rio de Janeiro
Marcelo Crivella comemora vitoria na eleição da Prefeitura do Rio de Janeiro

O prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), terá seu primeiro ano à frente do Executivo com orçamento de receitas menores, corte de investimentos e gastos com dívidas mais altos.

É o que mostra proposta de orçamento enviado pela gestão do atual prefeito Eduardo Paes (PMDB) no início do mês à Câmara dos Vereadores, comparado com mesmo documento de um ano antes.

Num aceno de que fará esforço para conter gastos, Crivella reforçou nesta segunda-feira (31) que pretende cortar secretarias, de 29 para algo em torno de 15, conforme registrado em seu plano de governo apresentado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O senador não detalha, contudo, quais secretariais serão extintas ou fundidas.

Há a expectativa de que Crivella cortará secretarias especiais e extraordinárias, aquelas consideradas menos fundamentais para o funcionamento do Executivo.

Hoje são nove secretarias nessa condição, incluindo as pastas de Turismo, Ciência e Tecnologia e Concessões e Parcerias Público Privadas.

Eliminando-as da conta, o orçamento das seis secretarias especiais e extraordinárias restantes é de R$ 82,9 milhões. O valor, que contempla, por exemplo, a pasta de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida (R$ 58 milhões), de Defesa dos Animais (R$ 8 milhões) e de Política para as Mulheres (R$ 7,4 milhões), é um pouco maior do que o gasto anual estimado para o gabinete do prefeito em 2017, de R$ 71,5 milhões.

A economia não é suficiente para cobrir a queda prevista nas receitas para 2017, que é da ordem de R$ 1,36 bilhão, sem considerar a inflação registrada no período.

A reportagem considerou apenas as previsões feitas nas propostas de orçamento de 2016 e 2017.

A Prefeitura do Rio estimava arrecadar R$ 30,9 bilhões neste ano, contra R$ 29,5 bilhões no ano que vem –queda nominal de 4,3%.

Um dos principais fatores de queda de receita é a redução dos repasses do governo federal.

A receita de transferência de capital, que são recursos principalmente vindos da União por convênios para obras na saúde, transportes e educação, cairá de R$ 1,1 bilhão para R$ 349,9 milhões –recuo de 68%.

Outra parcela, oriunda de impostos estaduais e federais repassados ao município, tem previsão de aumento sem, contudo, impedir a queda das receitas.

Crivella encontrará ainda custo maior com pagamento da dívida. As despesas com amortização praticamente dobrarão em 2017.

Em seu programa de governo, Crivella afirma que não construirá escolas sem que as atuais estejam em pleno funcionamento. Ele sugere, contudo, a criação de 20 mil novas vagas em creches.

No que depender da previsão de investimentos, é possível que a nova prefeitura tenha que fazer escolhas, já que há estimativa de queda de 59,9% da despesa com investimento.

Em 2016, a previsão era de R$ 5,3 bilhões, contra R$ 2,1 bilhões no ano seguinte, um corte de R$ 3,187 bilhões no período.

PONTO DE PARTIDA - Crivella encontrará Orçamento com receita menor e gasto maior com dívida

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