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Eleito em Santo André, tucano promete austeridade e 'choque de gestão'

Reprodução/Facebook
Prefeito eleito em Santo André, Paulo Serra (PSDB) comemora resultado após segundo turno
Prefeito eleito em Santo André, Paulo Serra (PSDB) comemora resultado após segundo turno

Ex-secretário do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), Paulo Serra conta que foi chamado pelo governador Geraldo Alckmin para reconstruir o PSDB na cidade.

"Deu certo", disse. Elegeu-se com 78,2% dos votos válidos, ante 21,8% de Grana —votação recorde onde, desde 1983, só houve governos do PT e do PTB.

Agora, o tucano promete "uma política bastante austera de choque de gestão".

"Santo André depende desse planejamento. A cidade hoje não tem nenhuma capacidade de investimento", disse.

Serra deixou a gestão Grana em agosto de 2015, depois de dois anos e meio como secretário, contrariado com o uso da máquina pelo PT, segundo justificou. "Fiz meu trabalho, me esforcei muito, trabalhei muito, aprendi bastante o que fazer e, principalmente, o que não fazer em matéria de gestão."

Questionado sobre eventual "traição", disse que "traição foi o que o PT fez com a cidade e o país".

Para ele, o desgaste do PT é ainda maior em Santo André e no ABC Paulista, onde o partido surgiu —tucanos também venceram em São Bernardo e São Caetano.

Em sua avaliação, Alckmin saiu fortalecido das eleições e, agora, o PSDB terá que corresponder às expectativas.

"O símbolo maior disso é o [João] Doria, eleito em primeiro turno em São Paulo, como nunca tinha ocorrido."

SABESP

Filiado ao PSD em 2012, quando entrou no governo petista, Serra voltou ao PSDB, partido pelo qual se elegera vereador em 2008, por convite de Alckmin. Na prefeitura, terá uma questão a resolver com o aliado: uma dívida de R$ 3,3 bilhões com a Sabesp.

"Isso tem causado falta d'água constante em grande parte da cidade, coisa que nunca aconteceu", disse.

Desde 2009, a empresa local de água, Semasa, não repassa "na totalidade o preço que a Sabesp diz ou alega que custa a água", afirmou Serra. Com a crise hídrica de 2014, o volume distribuído caiu e, por conta da dívida, não teria sido restabelecido até hoje.

"A primeira pauta com o governador será essa", disse.

A proposta dele é criar um gabinete de crise para passar a dívida a limpo e dialogar com a Sabesp sem levar a questão à Justiça, como Grana fez.

PARCERIA

Para os problemas comuns à região metropolitana, o tucano quer parcerias com os demais eleitos para potencializar resultados.

"O grande diferencial é que foram eleitos prefeitos com um perfil muito parecido. Essa identidade é mais positiva, no aspecto regional, do que a própria filiação", diz.

"As campanhas vencedoras, aqui, na capital e no ABC, pregaram uma gestão mais eficiente, mais moderna, mais transparente, com enxugamento de gastos. Fazer a máquina funcionar menor."

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