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Haddad lidera ranking de endividados no primeiro turno da eleição

Marlene Bergamo - 9.out.16/Folhapress
São Paulo/SP: 09.out.2016: O prefeito Fernando Haddad, ao lado do vereador eleito Eduardo Suplicy fala a manifestantes que organizaram ato pelo Facebook "Valeu, Haddad "no vão livre do Masp. (Foto Marlene Bergamo/Folhapress)
O prefeito Fernando Haddad,na avenida Paulista, em evento organizado por apoiadores

Derrotado no primeiro turno da disputa em que buscou a reeleição, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), dará palestras e fará eventos para tentar cobrir o rombo de R$ 8,5 milhões que restou da campanha.

A Folha levantou os maiores deficits nas campanhas de eleitos ou derrotados nas capitais brasileiras no primeiro turno. Os que passaram para a segunda fase da disputa têm até 19 de novembro para fechar a prestação final de contas e entregar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Haddad lidera o ranking dos candidatos endividados. A assessoria da campanha do prefeito informou que todos os débitos serão saldados. Para isso, ele negocia o auxílio do partido e fará jantares e eventos para arrecadar recursos com a militância, além de ministrar aulas e palestras.

O homem que derrotou o petista, João Doria (PSDB), por outro lado, fechou a campanha no azul. Ele chegou ao final do primeiro turno com R$ 6,7 milhões negativos, mas após a vitória saldou o valor com novas doações.

Doria tirou um total de R$ 3,9 milhões do próprio bolso para bancar sua eleição.

CAMPANHAS NO VERMELHO

Mas outros candidatos a prefeituras de capitais fecharam as contas no vermelho e discutem agora alternativas para quitar os débitos.

Assim como Haddad, ao todo três dos quatro prefeitos de capital que tentaram a reeleição e perderam já no primeiro turno não conseguiram fechar as contas.

Gustavo Fruet (PDT) —que ficou fora do segundo turno em Curitiba— e João Alves Filho (DEM) —derrotado em Aracaju— deixaram dívidas superiores a R$ 900 mil.

O primeiro fechou a campanha com um saldo negativo de R$ 1,2 mi, que deverá ser pago pelo partido.

O único prefeito que perdeu a reeleição no primeiro turno e não ficou no vermelho foi Mauro Nazif (PSB), de Porto Velho.

DÍVIDA MILIONÁRIA

Outros seis candidatos de capitais encerraram a campanha com deficits acima de R$ 1 milhão. O maior rombo fora de São Paulo é o de Délio Malheiros (PSD), candidato em Belo Horizonte apoiado e financiado pelo prefeito Márcio Lacerda (PSB).

Ele, que ficou com o quinto lugar, acumulou uma dívida de R$ 1,9 milhão. Outros dois candidatos derrotados na capital mineira também deixaram deficits robustos: Rodrigo Pacheco (PMDB), com R$ 1 milhão, e Reginaldo Lopes (PT), com R$ 958 mil.

No Rio, o tucano Carlos Osório, sexto colocado, registrou dívida de R$ 1,1 milhão. Ele afirma que já pagou cerca de R$ 400 mil e deixará o restante para o partido bancar.

Derrotada no primeiro turno em Salvador, Alice Portugal (PC do B) registrou saldo negativo de R$ 1 milhão. Coordenador da campanha, o deputado Daniel Almeida (PC do B-BA) diz que a sigla vai recorrer ao fundo partidário e doações da militância.

"Felizmente, encontramos pessoas que tiveram a confiança trabalharam com a gente para receber depois. Vamos honrar cada centavo", afirma o deputado.

O apadrinhado do senador Valdir Raupp (PMDB), Williames Pimentel (PMDB), candidato em Porto Velho, ficou com a quarta colocação na disputa, mas registrou dívida de R$ 1,1 milhão.

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