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Paes analisou trocar candidato à Prefeitura do Rio

O candidato derrotado Pedro Paulo e o prefeito Eduardo Paes tomam chopp após terem votado
O candidato derrotado Pedro Paulo e o prefeito Eduardo Paes tomam chopp após terem votado

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), analisou ao menos dois "outsiders" do mundo político como opção à candidatura do deputado Pedro Paulo (PMDB) à sucessão no cargo.

A Folha apurou que o substituto que mais se aproximou de se tornar o novo nome de Paes foi o presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Fajardo.

Arquiteto e urbanista sem histórico político, ele chegou a se filiar ao PMDB a pedido do prefeito. Entrou na sigla em 31 de março, dois dias antes do fim do prazo legal para disputar a eleição.

Outra opção analisada foi a atual presidente do BNDES, a economista Maria Silvia Bastos, que presidiu a Empresa Olímpica Municipal na gestão Paes. O prefeito, neste caso, não chegou a formalizar o convite.

As opções foram analisadas no início do ano em razão das dificuldades previstas para a candidatura de Pedro Paulo, após a investigação de agressão à ex-mulher.

Ele foi inocentado no Supremo Tribunal Federal, mas sabia-se que o caso havia provocado danos praticamente irreversíveis ao candidato. O deputado obteve 16,1% dos votos válidos e não chegou ao segundo turno.

A intenção era ter uma opção "não política", num movimento semelhante ao do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao indicar João Doria (PSDB) à Prefeitura de São Paulo.

Na prefeitura desde o início da gestão Paes, em 2009, Fajardo tem voz ativa nas discussões urbanas do Rio. As intervenções nessa área são uma das bandeiras mais visíveis do atual prefeito.

Antes de entrar na prefeitura a convite do peemedebista, Fajardo era pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com ênfase na revitalização de regiões portuárias em todo o mundo.

DIVERGÊNCIAS

Se optasse por Fajardo, o prefeito repetiria movimento bem anterior, feito por seu primeiro padrinho na política, o ex-prefeito César Maia (DEM). Ele indicou o arquiteto Luiz Paulo Conde, secretário de Urbanismo à época, como candidato à sua sucessão em 1996. Quatro anos depois, os dois se enfrentariam na disputa municipal.

Curiosamente, em 1996, Paes já defendia o nome de Maria Silvia, à época secretária municipal de Fazenda, para a sucessão de Maia. Naquele ano, ele disputou sua primeira eleição, para vereador.

A economista foi nomeada por Paes, já prefeito, como presidente da Empresa Olímpica em 2011. Maria Silvia deixou o cargo após divergências com Paes, em 2014. Ao comentar a saída, o prefeito declarou: "O importante na Olimpíada sou eu".

Paes acabou desistindo das opções e manteve a candidatura de Pedro Paulo. "Não tinha nenhum outro nome capaz de representar à altura o meu governo como o Pedro", afirmou o prefeito.

Pedro Paulo começou na política com Paes em 1993. Na prefeitura, ocupou cargos estratégicos como as secretarias da Casa Civil e Coordenação de Governo.

A manutenção da candidatura levou outros partidos da base a lançar outros nomes.

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