Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
08/11/2011 - 22h14

Governo do Pará vai demitir professor que mantiver greve

Publicidade

AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM

O governo do Pará anunciou nesta terça-feira (8) que irá demitir professores que mantiverem a greve da categoria, que completa hoje 42 dias.

Uma decisão da Justiça do Pará na última sexta-feira determinou o retorno dos professores às aulas, mas eles descumpriram a ordem judicial.

A estimativa é que cerca de 800 mil alunos estão sem aula desde 26 de setembro.

Paralelamente à medida, a Polícia Civil abriu inquérito contra a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, Conceição Holanda, uma das líderes da greve.

Após o inquérito, ela poderá ser denunciada à Justiça sob acusação de descumprimento de ordem judicial e, caso condenada, poderá até mesmo ser presa.

Os professores exigem que o governo do Pará pague o piso nacional da categoria, de R$ 1.187. Atualmente, eles recebem R$ 1.126.

A proposta da Secretaria da Administração é que o piso nacional seja alcançado por meio de aumentos graduais no salário a partir do ano que vem, quando piso estará em torno de R$ 1.450.

O órgão afirma que não tem recursos para pagar o aumento neste ano. O sindicato rejeita a proposta.

Hoje, o governo anunciou que irá demitir os professores com contrato temporário que continuem em greve. Segundo a Secretaria de Administração, são cerca de 5.000 temporários e 22 mil efetivos.

Também os diretores de escolas que mantiverem fechadas as unidades de ensino serão afastados de suas funções.

Os professores com contrato efetivo responderão a processos administrativos da Secretaria de Educação.
O sindicato dos professores, porém, contesta a determinação judicial e afirma que irá recorrer às instâncias superiores.

"O próprio STF [Supremo Tribunal Federal] já reconheceu o direito dos professores ao piso nacional. Só queremos o cumprimento da medida", afirmou Eloy Borges, coordenador do sindicato em Belém.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página