Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/06/2012 - 09h53

Alunos da Unifesp mantêm greve e prometem novas manifestações

Publicidade

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

Após serem presos acusados de depredar o campus de Guarulhos da Unifesp, alunos da universidade federal vão manter a greve de estudantes que já dura cerca de 80 dias e prometem novas manifestações.

O blog do movimento anuncia um protesto na avenida Paulista para a tarde de hoje. Chamado de "ato contra a barbárie", a manifestação será em repúdio à prisão de 22 alunos na última quinta-feira e à ação da PM, que usou bombas de efeito moral e balas de borracha para retirar os alunos do campus.

Segundo a PM, a medida foi necessária porque alunos cercaram funcionários e ocuparam salas da direção.

Os estudantes foram presos por policiais federais, que os acusaram de dano ao patrimônio e formação de quadrilha. Os alunos dizem que o ato foi pacífico.

"É um absurdo que alunos de ciências humanas, que serão professores em redes de ensino público, sejam criminalizados porque protestam justamente contra a má qualidade de ensino", disse o estudante de história da arte, Roger Sanasci, 33, um dos presos na noite de quinta.

Solto na madrugada de sábado, ele disse que a paralisação de alunos vai persistir até que a direção da Unifesp mostre de que maneira vai resolver problemas de infraestrutura no campus, como a construção do prédio principal, que nunca saiu do papel.

Além disso, a unidade de ensino tem um refeitório improvisado e salas abafadas. Os estudantes pedem também a revisão nos valores das bolsas oferecidas, como as de moradia e alimentação.

Há pelo menos um mês, professores de universidades federais do país estão em greve por melhorias salariais.

Porém, em carta, um grupo de professores condenou a ação dos estudantes da última quinta-feira.

"O que os alunos faziam ali não era ato político pacífico, eles estavam caçando o direito de ir e vir dos professores e funcionários que eles acuaram", diz o texto, assinado por Ana Nemi, professora de História, com outros onze colegas. A Unifesp de Guarulhos tem cerca de 160 professores.

A docente defendeu a ação da PM. "O que a polícia fez foi retirar os alunos de lá para que os professores e funcionários pudessem retornar do trabalho para suas casas." Sanasci diz que ela mente.

Na semana passada, o MEC criticou os estudantes, mas disse reconhecer a necessidade de melhorias e que uma audiência entre alunos e diretoria ocorre nesta semana.

Em entrevista à Folha em maio, o diretor do campus da federal de Guarulhos, Marcos de Freitas, disse que a licitação para a reforma do prédio foi concluída.

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página