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29/06/2012 - 20h09

Professores são demitidos por não voltarem às aulas em Salvador

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EDER LUIS SANTANA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SALVADOR

Cinquenta e sete professores de Salvador foram demitidos por não aderirem a uma convocação do governo da Bahia para voltar às salas de aula. Os docentes eram contratados em caráter temporário e foram acionados para assumir turmas de terceiro ano, prejudicadas com a greve dos docentes do ensino médio, que completou 80 dias no Estado nesta sexta-feira.

O término do contrato foi publicado no "Diário Oficial do Estado" de ontem (28). Na mesma edição, foi divulgado o afastamento de três docentes em estágio probatório (recém-convocados em concursos, em fase de experiência). Eles são acusados de atos de vandalismo por entrarem em escolas para pedir que professores e alunos saíssem das salas e boicotassem a ação do governo.

Na semana passada, o governo convocou 1.200 professores temporários e em estágio probatório. Eles foram encaminhados a 19 escolas de grande porte que passariam a concentram aulas para 22 mil alunos de terceiro ano da capital. O objetivo é reduzir os prejuízos durante a greve aos estudantes que farão Enem e vestibulares.

De acordo com o corregedor-geral da Secretaria de Administração, Adriano Chagas, os professores temporários descumpriram o acordo de trabalho. "São professores contratados para suprir as demandas do Estado. Se não cumprem, não há porquê mantê-los", disse Chagas.

Já os três professores afastados serão alvo de investigação. Caso as denúncias sejam confirmadas, podem ser penalizados com advertência por escrito ou demissão. "O governo tem de assegurar a integridade dos alunos e dos professores que querem trabalhar", afirmou o corregedor-geral.

No "Diário Oficial" desta sexta, o governo notificou 58 professores em estágio probatório que também descumpriram a convocação. Foi dado um prazo de 48 horas para que compareçam à Corregedoria da Secretaria de Educação e expliquem o motivo da ausência. Todos serão alvo de uma processo administrativo.

O coordenador do sindicato dos professores, Rui Oliveira, classifica como "coação" e "assédio moral" a atitude do governo. Ele afirmou que o setor jurídico do sindicato foi acionado.

Os professores pedem reajuste de 22,22%. O governo oferece aumento de 7% para novembro, com outros 7% acrescidos em abril de 2013. A situação dos trabalhadores penalizados entrará na lista de reivindicações da categoria.

 

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