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Parados há 3 meses, professores decidem manter greve na Bahia
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EDER LUIS SANTANA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SALVADOR
Os professores da rede estadual na Bahia decidiram manter a greve que completou 91 dias nesta terça-feira, mesmo após serem notificados sobre uma decisão judicial que determinou o fim do movimento.
Justiça da Bahia considera greve de professores ilegal
Professores são demitidos por não voltarem às aulas em Salvador
Em assembleia, a categoria optou por esperar pelo resultado de negociações agendadas para esta semana com o Ministério Público e o governo do Estado.
A Promotoria decidiu intervir nas negociações nesta semana e está se reunindo separadamente com docentes e governo.
Há previsão de uma reunião, na quinta-feira (12), entre professores, governo e Promotoria.
"E na sexta-feira [13] faremos uma nova assembleia para mostrarmos à categoria os avanços na negociação. Temos hoje uma boa perspectiva", disse a diretora do APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) Marilene Betros.
Durante a assembleia desta terça-feira, os líderes do sindicato foram notificados oficialmente sobre a decisão da desembargadora Daisy Lago Coelho, que considerou a greve ilegal e exigiu o retorno dos docentes às salas de aula.
Foi estipulada multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão. A APLB afirmou que irá recorrer da medida.
Segundo a Secretaria de Educação do Estado, das 328 escolas paralisadas, 244 estão localizadas em Salvador e Feira de Santana, as maiores cidades da Bahia.
A rede possui 1.411 unidades escolares, das quais 1.080 estão em funcionamento, diz o governo Jaques Wagner (PT).
O sindicato afirma que 70% dos professores e alunos estão fora das salas de aula.
Os professores buscam reajuste salarial de 22,22%. O governo oferece 7% de acréscimo em novembro, além de 7% a serem pagos em abril de 2013. Outros 6,5% foram concedidos ao funcionalismo público em geral no início do ano.
Em nota, o secretário de Educação, Osvaldo Barreto, informou que serão utilizados os sábados e o mês de janeiro de 2013 para a reposição de aulas, o que pode adiar o início do próximo ano letivo.
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